Ferro velho chavista continua provocando sinistros desastres
A carroça democrática no Brasil segue adiante. Na segunda-feira à noite, tivemos a esperada derrota do governo Dilma na comissão especial do impeachment na Câmara dos Deputados.
Enquanto isso, o ferro velho chavista continua provocando sinistros desastres em uma Venezuela na marcha a ré. Na mesma segunda-feira à noite em que o Brasil democrático atuava em Brasília, na Caracas ainda de Nicolás Maduro acontecia algo gravíssimo.
O Supremo Tribunal da Venezuela, aparelhado pelo chavismo, rejeitava a lei de anistia aprovada pelo Assembleia Nacional, que desde janeiro tem maioria da oposição antichavista. O ritual se repetiu. A maioria dos venezuelanos quer remover o entulho chavista, mas o regime consegue sua enésima vitória graças ao aparelhamento do Estado.
A decisão do Supremo era esperada. Há duas semanas, a Assembleia Nacional aprovou a lei determinando a libertação de presos políticos e, na semana passada, o presidente Maduro foi à carga no Supremo para impedir a anistia de 78 pessoas processadas ou sentenciadas no exercício dos seus direitos políticos, a destacar alguns dos principais líderes da oposição, como Leopoldo López e Antonio Ledezma, hoje símbolos do arbítrio chavista.
O promotor do caso López pediu asilo nos Estados Unidos no final do ano passado denunciando como uma farsa o julgamento que culminou na sentença de 14 anos de prisão para o líder da oposição. A máquina de agitação e propaganda do chavismo bate na tecla que López e outros presos políticos não passam de criminosos comuns que incitam a violência. Tudo isso lembra o discurso do ditador cubano Raúl Castro de que não existem presos políticos na sua ilha.
Maduro, um quase ditador sem o carisma e a competência do mentor Hugo Chávez, acusa a oposição de tentar desestabilizar o país, como se ele não fosse o principal responsável pelo desgoverno em um país que está caindo no precipício.
Em fevereiro, a oposição decidiu que vai tentar remover Maduro através de um referendo ou de uma emenda constitucional que encurte o seu mandato. O chavismo brada que se trata de golpismo. Conhecemos esta ladainha também em português.
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