Fica claro pragmatismo cauteloso de Hillary Clinton em debate

  • Por Jovem Pan - Nova Iorque
  • 19/01/2016 13h40
EFE/TANNEN MAURY Hillary Clinton faz ato de campanha na cidade de Toledo

A corrida eleitoral americana é interminável, longuíssima, mas agora está chegando em um ponto em que realmente conta. As bases dos dois partidos vão começar a votar em menos de duas semanas nas primárias para escolher seus candidatos à sucessão de Barack Obama.

No centro do palco é claro está o bufão republicano Donald Trump, que está dando um colorido especial a este ciclo eleitoral com seus insultos, estilo nada convencional e canalizando a fúria de uma parcela social contra tudo o que está aí, no que ele traduz como o politicamente correto.

Mas desde domingo quem rouba a cena é a candidata bem convencional do lado dos democratas, Hillary Clinton. Domingo, ela travou um debate intenso contra seu rival bem radical, o senador Bernie Sanders, o patriarca na corrida eleitoral com 74 anos.

No debate ficou claro o lance de Hillary. Ela já foi rival em campanha de Barack Obama, mas trabalhou para o presidente como secretária de Estado, Agora precisa abraçá-lo, porém sem muito ardor. Hillary sinaliza continuidade para a base que cerra fileiras com o presidente, mas também se distancia de um presidente que no máximo tem uma taxa de aprovação nacional medíocre, nas faixa dos 45%.

Já Bernie Sanders é um veterano radical, prometendo coisas inviáveis como saúde e educação de grátis para todos, aumento brutal dos impostos e não se cansa da ladainha contra milionários e bilionários. Em termos concretos, a conta jamais fechará com ele, é o candidato dos sonhos dos republicanos, assim como alguém de extrema direita, caso de Ted Cruz ou o aloprado Donald Trump são os favoritos dos democratas.

No debate, ficou claro o idealismo retrógrado de Bernie Sanders e o pragmatismo cauteloso de Hillary Clinton. Em comum com Donald Trump, Bernie Sanders acusa a ex-primeira-dama de ser mensageira da velha e corrupta política. Hillary rebate que vai buscar o terreno comum, o compromisso num país polarizado.

Do outro lado, havia um candidato dinástico que ficou para trás na corrida, Jeb Bush. Hillary Clinton terá um pouco de sufoco na maratona eleitoral, mas não viverá a situação melancólica do herdeiro da dinastia Bush.

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