Fiquei muito chocado o aparelhamento da máquina estatal promovido pelo PT

  • Por Jovem Pan
  • 20/10/2014 17h09

Nêumanne, de que se trata o dedo dos petistas nos Correios impulsionando a campanha de Dilma Roussefff à presidência da República?

Na noite desta terça-feira, meu amigo Hildeberto Aleluia, um jornalista querido amigo meu me mandou um vídeo que estava circulando graças ao Estadão, onde eu trabalho, no qual o deputado estadual mineiro, Durval Ângelo, na presença do presidente da companhia dos Correios, Wagner Pinheiro, afirmou que a presidente Dilma só chegou aos quarenta por cento das intenções de voto em Minas Gerais, porque tem dedo forte dos petistas dos Correios.

O próprio jornal Estadão publicou com uma certa frieza a afirmação, mas eu particularmente fiquei chocado, fiquei perplexo. A minha experiência de filho de cabo eleitoral nos sertão, de bisneto de coronel da Guarda Nacional não foi bastante para evitar a minha perplexidade, o meu susto, nem a minha experiência como repórter, comentarista político a mais de quarenta anos me permitiu que eu visse isso com frieza.

Fiquei muito chocado, muito assustado com o nível de aparelhamento da máquina estatal promovido nesses doze anos de governo do PT e assustado também com a certa frieza como os jornalistas receberam a notícia.

Segundo o presidente, a reunião não ocorreu durante o expediente e a empresa não custeou despesas relacionadas a ela, como se o problema fosse esse. Houve uma tentativa de acusar as pessoas que estão achando estranha a gravação de não darem liberdade aos funcionários dos Correios de optarem pelo partido que quiserem. Ninguém está discutindo a liberdade deles optarem pelo PT, trabalharem pela candidatura do PT, fora do expediente.

O que fica claro na palavra do deputado, que está dizendo que não fica, mas fica, é que há o uso da máquina do Correio para favorecer a disseminação da propaganda da campanha de Dilma Rousseff em Minas Gerais e no resto do Brasil.

Recentemente, o Estadão foi processado pela campanha da Dilma por ter publicado a notícia de que o correio distribuiu sem a chancela do pagamento, que é feito pelo selo por uma selagem automática pelo correio. A coligação contestou, mas o Tribunal Superior Eleitoral por unânimidade negou o pedido de direito de resposta.

Isso, lembra que o seguinte: já houve mensalão, já houve Celso Daniel, já houve Petrolão, o correio já teve a CPI do Correio e agora volta a ser acusado e, no entanto, um presidente continua prestigiando esse tipo de solenidade. Não é assustador?

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