Futuro do PT e jogadas de desespero de Dilma são destaques no Wall Street Journal

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2016 10h17
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Presidente Dilma Rousseff durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília. 18/04/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino REUTERS/Ueslei Marcelino - 18/04/2016 Presidente Dilma Rousseff - reuters

O Wall Street Journal se deu ao trabalho de acompanhar as jogadas de desespero de Dilma Rousseff, que no 1º de Maio em São Paulo anunciou um pacote de bondades, como reajuste médio de 9% no Bolsa Família, menos de duas semanas antes de seu licenciamento ser sacramentado pela comissão do impeachment do Senado.

O jornal tomou nota da cantilena de Dilma de que o impeachment é golpe, mas sua reportagem então entra no que realmente interessa: o futuro do PT. Como observa o Wall Street Journal, apesar da retórica de desafio, as perspectivas para Dilma são desoladoras e o PT enfrenta um desafio sem precedentes depois de 13 anos governando o Brasil.

Veteranos líderes petistas como Ricardo Berzoini dizem em entrevista ao jornal americano que a crise de impeachment e manifestações como a do 1º de Maio podem servir para revitalizar o partido, lembrando à classe trabalhadora tudo o que o PT já fez por ela e pelos pobres em geral.

Lenga lenga à parte, o Wall Street Journal ressalta que os principais líderes do PT estão avaliando como os acontecimentos dos últimos meses, incluindo o processo de impeachment, o aprofundamento da recessão e o crescente desemprego, podem afetar o futuro do partido, inclusive nas eleições municipais de outubro.

O Wall Street Journal registra sua própria avaliação. O PT ainda retém o apoio de muitos sindicatos, grupos da sociedade civil, artistas, intelectuais e da igreja mais progressista, mas existe uma erosão de sua estatura. Há uma citação do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de que o PT pode perder sua hegemonia na esquerda, com outros agremiações de esquerda e de centro-esquerda ocupando mais espaço.

No entanto, o professor da USP, Lincoln Seco, embora reconheça o revés do PT com o impeachment de Dilma, arremata que nenhum outro partido tem condições de substituir o PT a curto prazo junto à classe trabalhadora.

E no meu arremate, é triste que os trabalhadores do Brasil sejam representados por um partido que se tornou caso de polícia e pródigo em apelar a golpes demagógicos no apagar das luzes do Governo Dilma.

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