Governo muda regras do FIES do dia para a noite e assusta universitários de baixa renda

  • Por Jovem Pan
  • 03/03/2015 11h47

Depois de anunciar o lema, BRASIL PÁTRIA EDUCADORA, e garantir que o grande compromisso do seu segundo mandato seria com a educação, o governo Dilma baixou um decreto reduzindo os gastos em quase dois bilhões de reais por mês. O Ministério da Educação foi o que mais sofreu com o corte de verbas.

Para desespero dos universitários de baixa renda, no fim do ano passado, a presidente mudou as regras do jogo da noite para o dia, e passou a limitar o número de contratos do FIES.

A nota mínima no ENEM como condição para a concessão dos empréstimos também passou para 450 pontos, sem aviso prévio.

Alunos se queixam de que o sistema Informatizado do FIES que tem estado frequentemente fora do ar e acaba recusando pedidos de financiamento sem explicação.

Com essas medidas, o governo está barrando não só novas adesões ao programa, como impedindo a renovação de financiamentos já firmados.

Entidades que representam as instituições de ensino superior divulgaram nota cobrando transparência do MEC e pedindo que o governo honre os contratos assinados.

Não é pedir demais. Sem querer entrar no mérito da qualidade do ensino superior nas instituições privadas, o fato é que os empresários se prepararam para atender a demanda criada pelo Governo, que incentivou o financiamento estudantil.

Os alunos também investiram no sonho do diploma: Tempo e dedicação. Não é justo que o governo, agora, lhes puxe o tapete, criando dificuldades e cortando o número de beneficiários do FIES.

Em relação aos países desenvolvidos, o Brasil já tem um déficit abismal de graduados. Em 2013, segundo censo do MEC, pouco mais de 990 mil concluíram um curso superior. Quanta falta de educação! Se quiser concorrer com grandes se potências ou pelos menos tentar ser uma delas, o Brasil precisa de gente qualificada com uma formação superior. É o mínimo!

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