Governo não pode dizer que conhecemos corrupção por causa deles

José Eduardo Cardozo

Pergunta: Qual a importância desta entrevista que a Folha de S. Paulo fez com o ex diretor da SBM Offshore, o britânico Jonathan David Taylor, a respeito da abertura do inquérito de propina entre a Petrobras e a empresa holandesa da qual ele era diretor?

Resposta: É da maior relevância a entrevista que a Folha de S. Paulo fez numa cidade há uma hora de Londres, segundo o jornal que o entrevistado não quis que fosse revelada, em que ele, o entrevistado o ex diretor da SBM Offshore, acusa a Petrobras e a SBM de terem escondido a possibilidade de investigar o pagamento de propina pela empresa holandesa à Petrobras até a eleição da Dilma.

Segundo Jonathan David Taylor, que é o delator da história, ele que delatou que a SBM pagou propina a Petrobras, em agosto, portanto 2 meses antes da reeleição de Dilma. E o inquérito só foi aberto pela Controladoria Geral da União em novembro, depois que Dilma estava tranquilamente reeleita.

Essa notícia é importante pelo seguinte: Dilma tem dito e repetido, e nós já discutimos isso várias vezes por que é uma mentira, que ela é a responsável pela abertura de inquéritos da PF e do MPF na justiça do Paraná que fez a descoberta da roubalheira na Petrobras.

Nós não estamos em uma ditadura, estamos em um estado democrático de direita e neles o poder executivo não manda fazer esse tipo de inquérito. A polícia é um órgão de estado e a justiça é outro poder, independente do executivo.

Então nunca teve sentido, mas essa declaração do britânico vem reforçar o que eu tenho dito à você: que é mentira. A Dilma, o PT nas suas propagandas, não podem dizer que o Brasil está conhecendo essa corrupção por causa deles e que os outros engavetavam. Se havia engavetamento não sei, o que essa entrevista do britânico mostra é que o PT jogou sua sujeira para debaixo do tapete até se realizar a eleição.

É claro que o controlador e o Ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, estão aí repelindo veementemente as notícias. Agora você quem sabe em quem você vai acreditar: no inglês que não tem nada a ver com a hora do Brasil ou nessa gente que vive a repelir as coisas de que são acusados.