Governo não pode ser pautado pelo “mercado” e grandes bancos

  • Por Jovem Pan
  • 28/09/2016 08h10
Antonio Cruz/Agência Brasil INSS

Em mais um recuo, Michel Temer adia o envio da reforma da Previdência ao Congresso para depois das eleições municipais.

O projeto poderá prever o aumento da idade mínima de aposentadoria para além dos 65 anos, caso a média de sobrevida da população cresça.

Marco Antonio Villa comenta: o governo tem uma enorme dificuldade de se comunicar e de apresentar suas propostas. “É óbvio que você espera o processo eleitoral” para apresentar uma reforma desse tamanho, avalia.

Mas nem deixar claro o que quer o Planalto conseguiu. “O governo não conseguiu apresentar qual é claramente a reforma da Previdência (…) e como ela se aplica aos que vão entrar” na nova regra, bem como as fases de transição, diz Villa.

O comentarista também comparou a situação do Brasil à da Grécia, “que não consegue pagar seus aposentados”. Villa lembra que o próprio partido radical de esquerda Syriza teve de aplicar programa de austeridade da União Europeia.

Villa afirma que a Reforma da Previdência será enviada ao Congresso após o processo eleitoral, como deve ser.

“O governo não pode ser pautado pelo mercado, pelos grandes bancos e especuladores, aqueles que apoiaram o PT até o finalzinho”, diz. “O governo tem que ser pautado pelos interesses nacionais, os interesses do povo brasileiro, que não são os interesses do mercado”.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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