Governo quer ganhar tempo, e deve ter Mendes como aliado em julgamento de chapa no TSE
Segundo delação da Odebrecht à força-tarefa da Operação Lava Jato, a chapa da presidente cassada Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer recebeu dinheiro de caixa dois da empreiteira.
A confirmação do recebimento reforça a tese analisada no Tribunal Superior Eleitoral que pede a cassação da chapa. Em ao menos um depoimento, a Odebrecht descreve uma doação ilegal de cerca de R$ 30 milhões para a coligação “Com a Força do Povo”, que reelegeu a petista e o peemedebista em 2014.
A comentarista Vera Magalhães destaca que essa doação foi feita por meio do trabalho de Edinho Silva, ex-ministro de Dilma. “Ele negou, a chapa nega, mas isso deve ser anexado ao processo no TSE. Como Dilma já sofreu impeachment, a eventual cassação da chapa atingir Temer”, diz.
O Governo, segundo Vera Magalhães, vai tentar ganhar tempo e deve ter um aliado, que é o presidente do próprio tribunal que julga a chapa: ministro Gilmar Mendes.
A ideia do Governo, e que coaduna com a tese do ministro, é que isso tenha um desfecho no segundo semestre de 2017. Com uma expectativa de economia melhor, haverá ainda pouco tempo hábil para uma nova eleição.
Junto a isso, o Governo terá tempo ainda para a nomeação de novos ministros no TSE, o que pode levar a dois novos nomes que poderiam apoiar o Planalto. “Governo espera ter maioria no TSE para que não leve a cassação do presidente”.
Confira:
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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