Governo reage a tentativa do PT de politizar corte no bolsa família

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2016 11h57
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BIE - Banco de imagens externas - Está pronto para ser votado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) projeto de lei que visa a incentivar a contratação de beneficiários do Bolsa Família por empresas. De autoria do senador licenciado Alvaro Dias (PSDB-PR), a matéria tem parecer favorável, com uma emenda, do relator, senador Ciro Nogueira (PP-PI). O Projeto de Lei do Senado (PLS) 433/2008 permite que a pessoa jurídica que contratar beneficiário do Programa Bolsa Família possa deduzir valor equivalente ao benefício do Bolsa Família da contribuição patronal devida à Seguridade Social. A proposição também prevê que, necessariamente, o empregado tenha o benefício suspenso durante todo o período em que durar seu vínculo com a empresa. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado Jefferson Rudy/ Agência Senado Cartão do Bolsa Família

O governo está muito seguro quanto à repercussão política do cancelamento de quase 500 mil cadastros do bolsa família e bloqueio de outros 654 mil benefícios.

Representates do Planalto dizem que o cruzamento de dados para encontrar fraudes e subdeclaração foi muito bem feito, envolveu seis plataformas de cadastros do governo e afirma que será realizado de tempos em tempos para evitar sua contaminação política

Em vez de dar munição ao PT, que afirma que o governo Michel Temer faz um desmonte dos programas sociais, os governistas esperam mostrar que o Bolsa Família, um programa existoso e meritório, foi usado como a manutenção de uma espécie de curral eleitoral pelo PT.

Temer vai, paralelamente, anunciar algumas mudanças no Bolsa Família. O governo quer incentivar uma porta da saída ao programa e vai permitir que a pessoa que passe a ter a carteira assinada mantenha o bolsa família apenas por um período.

Para rebater argumentos de cortes nos programas, Temer vai manter também o montante total do bolsa família. O que for economizado com as fraudes – até R$ 2,4 bilhões por ano, prevê o governo – será reinvestido em novas famílias que de fato necessitem do programa.

É uma tentativa de se blindar contra tentativa do PT de politizar o assunto.

PEC dos gastos

O governo Temer quer ainda que a PEC do teto dos gastos seja votada antes de 13 de dezembro, data antes prevista. O governo pedirá a Renan Calheiros, Romero Jucá e Aloysio Nunes Ferreira que antecipem em uma semana o cronograma da PEC.

O temor é que alguma firula regimental atrase o passo da tramitação. O governo deseja aprovar a proposta ainda neste ano.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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