Governo tende a vencer a frente de esquerdistas e idiotas contra o corte de gastos

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 06/10/2016 09h30
Plenário durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à apreciação de 24 vetos, 2 projetos de resolução e do PL (CN) 1/2016, que altera a meta fiscal de 2016. À mesa: presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL); secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho; deputado Silvio Costa (PTdoB-PE); à tribuna, senador Romero Jucá (PMDB-RR) Foto: Roque de Sá/Agência Senado Jane de Araújo/Agência Senado Plenário do Congresso Nacional vota nova meta fiscal proposta pelo Governo - Ag. Senado

A aprovação da PEC que estabelece o teto dos gastos públicos é a questão número zero do governo Temer. É a partir dela que todo o resto se define. É essa medida que estará no centro da credibilidade, ou não, de que gozará o governo.

“Credibilidade junto a quem?”, perguntarão as esquerdas e os idiotas. A resposta é simples: junto aos agentes econômicos que respondem pelos investimentos privados e que não vão querer que seus ativos sejam corroídos por juros estratosféricos, por exemplo. E, sim, amiguinhos: se não houver corte de gastos, o governo continuará a captar dinheiro no mercado a juros crescentes. E os investidores — que também podem ser chamados de “os mercados” — fogem.

Se os investidores fogem, não haverá mais emprego, não haverá crescimento econômico, e nós continuaremos na lama em que nos jogou o PT com a sua política aloprada. Ninguém quer cortar gastos — o que significa, também, conter o salário do funcionalismo — porque é mau. Mas porque existe a matemática.

O PT nunca entendeu isso porque, a rigor, não entende nada. O PT e os idiotas acham que matemática é coisa de reacionários e trapaceiros.

Pois bem: a boa notícia é que os principais partidos da base aliada resolveram fechar questão em defesa da PEC que estabelece o teto de gastos. Para lembrar: o Orçamento de um ano tem de repetir o do ano anterior, corrigido pela inflação. Sim, ou é isso, ou é o buraco. A escolher.

O PSDB já havia fechado questão. Fizeram o mesmo o PMDB, o PSD e o PR. Nesta quinta, a Comissão Especial deve votar o relatório. A votação na Câmara está prevista para a próxima segunda. Como se trata de uma Proposta de Emenda Constitucional, o texto tem de ser aprovado por 60% daquela Casa (308 votos) e 60% do Senado (49), em duas votações em cada. Não é uma operação corriqueira.

O objetivo é encerrar o ano com a medida aprovada, o que vai servir para estimular a confiança dos tais “mercados”. Quem são eles? Não são os especuladores, não! Esses gostam é de um país sem credibilidade nenhuma. Sabem por quê? Porque a volatilidade aumenta, e eles podem aplicar dinheiro no fato e lucrar no boato.

Tudo o que os especuladores querem é país desarrumado. Seu paraíso era o governo Dilma, por exemplo. Se e quando o país tiver uma regra para os gastos, “mercados” viram sinônimo de “investimentos”. Aqueles que estiverem dispostos a colocar dinheiro de longo prazo no Brasil dirão: “Este país tem compromisso com a austeridade fiscal”. E os juros vão cair, sim. Os juros caindo, mais investidores entrarão. E saímos da espiral negativa em que o PT nos colocou.

O corte de gastos é uma questão tão política como econômica. E você tem de saber algumas coisas, meu querido leitor:
– a crise que vivemos não veio de fora, à diferença das mentiras contadas pelo PT;
– a crise que vivemos nada tem a ver com a corrupção; a corrupção só torna tudo pior;
– o país estaria na pindaíba ainda que fosse governado por  monjas dos pés descalços;
– se todos os petistas conhecidos forem mandados para a cadeia e não houver corte de gastos, o país quebra do mesmo jeito, o que não quer dizer que os petistas culpados não devam ir para a cadeia, a exemplo dos culpados de qualquer partido.

E não pensem que vai ser fácil. Os petistas, esquerdistas e idiotas lutarão bravamente contra o corte de gastos. Lutarão bravamente contra o país e contra os pobres.

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