Há alternativa democrática para a Venezuela?

Não há alternativa democrática para a Venezuela. Não tão cedo. A progressiva asfixia do Parlamento é o mais preciso símbolo de uma ditadura que já não esconde a tirania em que consiste. E será daí para pior.
É verdade que a oposição está unida e nas ruas, mas isso só lhe faz alvo ainda mais fácil para a truculência bolivariana. Porque Nicolás Maduro, acirrando prática criminosa iniciada por Hugo Chávez, armou os seus Boulos – e com isso disseminou milícias pelo país.
Eleições regionais estavam marcadas para dezembro de 2016 – e foram simplesmente adiadas. Não há voto. Não há diálogo. Não há governo legítimo. O debate está interditado. O clima é de medo.
O futuro é a guerra civil e um golpe de estado. Golpe a ser provavelmente dado por Maduro, com apoio das Forças Armadas, fechando de vez a Assembleia Nacional, empastelando o pouco jornalismo independente que ainda resiste e nos lembrando de que o Brasil, por calculada obra dos governos petistas de Lula e Dilma, é padrinho e o maior fiador da barbárie. Do governo Temer, enoja o silêncio – a omissão – a respeito do que se passa na Venezuela.
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