Há malas que vêm para o bem

  • Por Jovem Pan
  • 06/06/2017 12h13
BRASILIA DF 23/02/2010 POLITICA Presidente Michel Temer recebe Deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e convidado na Camara dos Deputados FOTO JBatista / Agencia Camara JBatista / Agencia Camara Michel Temer e Rocha Loures - ACAMARA

O fator Rocha Loures: esse rapaz de “muito boa índole” pegou uma mala recheada de dinheiro, R$ 500 mil. Imagina quantos anos um aposentado com salário mínimo trabalharia para receber essa quantia em notas de R$ 100.

Ele acabou devolvendo. Mas o que interessa mais é que ele teria recebido a mala em nome do presidente da República. O grave é que ele telefonou para o gabinete da Presidência meia hora depois de receber a mala.

Quem conversou com ele? Eu presumo que a conversa tenha sido gravada. É o mínimo que se espera da investigação.

E esse sr. saiu com essa mala de São Paulo para Brasília. Há uma versão de que ele viajou do aeroporto de Congonhas para Brasília, num avião na FAB, com a mala.

No dia posterior, ele volta para São Paulo junto com o presidente no avião presidencial, nesse caso sem a mala provavelmente. E há imagens da viagem dele para Brasília e o retorno. Isso é muito fácil comprovar.

Estranho que não tenha sido colocado um chip na mala. O argumento é de que o chip poderia ser descoberto, o que prejudicaria as investigações.

Lembremos que Joesley, quando começa a conversa com o presidente, fala em quem poderia ser o intermediário dele. Ele aponta o “Rodrigo”, que é o Rocha Loures, para tratar de assuntos no CADE, na CVM, ou seja, assuntos que interessavam a JBS e violavam o interesse público, portanto, ato criminoso.

A questão central: Rocha Loures fala ou não fala? Ele segura as informações? Ele só segura a mala. Por isso digo que há malas que vêm para o bem.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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