Há semelhanças consideráveis entre eleições de Jânio Quadros, Collor e a atual

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2014 16h35

Nêumanne, o que é que Marina Silva tem a ver com Jânio Quadros e Fernando Collor?

Usando a velha tática de fazer medo, de chocar com terrorismo publicitário, a campanha do PT para a reeleição de Dilma Rousseff citou, explicitamente, Jânio Quadros e, implicitamente, Fernando Collor como exemplos históricos a serem evitados agora numa eleição de Marina. Há, de fato, semelhanças consideráveis entre os dois casos históricos e a eleição atual.

Se confirmado o tsunami Marina Silva nesta eleição, será mais uma, no caso, a terceira eleição direta para presidente, na qual o eleitor assumirá o seu papel de decidir, de escolher.

As cúpulas partidárias dos anos 50 tentaram impor seus candidatos, mas Jânio Quadros saiu da prefeitura de São Paulo, passou por cima de todas elas e foi eleito com o apoio da UDN, que não tinha mais escolha. Fernando Collor foi um caso mais explícito porque ele empolgou o povo sem precisar ter partido.

Pois é, Marina Silva perdeu seu registro eleitoral do Partido da Rede, seu partido; se candidatou à vice na chapa de Eduardo Campos, para sobreviver politicamente; e o acaso, o destino, lhe deu uma candidatura que, de repente, se transformou numa espécie de caudatária do voto do basta. A sua trajetória é espetacular – ela já empatou com a Dilma em primeiro turno e passou a presidente da República em dez pontos no segundo turno, a ponto de Raimundo Costa, do Valor Econômico, estar aventando a possibilidade de Aécio Neves desistir para evitar o segundo turno e, assim, uma eventual virada do governo do PT.

O exemplo usado por Dilma de Fernando Collor, que ela não pode citar porque é aliado dela, como aliados dela são muitas das velhas raposas políticas brasileiras. De qualquer maneira, a verdade é que Marina é hoje, parece essa onda toda, como o voto do basta, o voto de quem não aguenta mais a politicagem, os políticos e as imposições dos partidos, como esta de um horário absurdo para um candidato e um outro mínimo pro outro, etc etc.

Se ela vai ganhar, isso são outros quinhentos, mas que ela está assustando os poderosos, isso ela tá.

 

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