Haddad precisa entender a diferença entre militância e exercício da administração pública

  • Por Jovem Pan
  • 07/05/2014 15h37
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Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto continuam ocupando terreno em Itaquera nesta segunda

Peter Leone/futura Press/Futura Press/Folhapress MTST invade terreno em Itaquera

Por que é que anda em tanta atividade o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto em São Paulo?

É de todos sabido que o problema de déficit habitacional no Brasil é grave, principalmente para os mais pobres, que são obrigados a morar em condições sub-humanas em favelas. Agora, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, MTST, tem promovido ações muito bem coordenadas, muito fortes e muito violentas em São Paulo. Uma das mais fortes delas foi aquela Nova Palestina – zona de 300 mil m², que deve ser ampliada para 1 milhão de m², se declarada zona de interesse social, às margens da Billings.

Urbanistas respeitados, como Ricardo Malta, já disseram que isso é um crime, não apenas por estarmos vivendo uma escassez de água, mas um crime ecológico. Isso não impediu que o prefeito Fernando Haddad subisse em carro de som para fazer promessas mirabolantes de aceitar as propostas praticamente chantagistas do coordenador do MTST, Guilherme Boulos.

Agora, tem ainda um outro caso que ainda é mais interessante, né? Em menos de 40 horas, o MTST fez a proeza de montar 2500 barracos no Parque do Carmo, num terreno particular a cerca de 4 km da Arena Corinthians, o Itaquerão, onde será jogado o jogo de abertura da Copa do Mundo daqui a 36 dias.

Os invasores foram transportados em 17 ônibus e 50 carros e motos. O terreno tem 150 mil m² e tudo foi executado com perfeição. A tudo isso se acrescenta a promessa do prefeito que, segundo a Folha de S. Paulo, admite a possibilidade de regularizar a invasão se for provado que o proprietário da área está com o IPTU atrasado, como afirmam os invasores.

Eles não estão numa situação tão difícil assim, porque recebem uma bolsa-aluguel de R$300 da Prefeitura e contam com a simpatia e as promessas do prefeito Fernando Haddad que, mais uma vez, demonstra que não sabe distinguir bem a diferença da militância para o exercício de um cargo importante de administração pública, como é a prefeitura de São Paulo. Já tava na hora de ter aprendido, né? Vamos ver até que ponto ele vai continuar estimulando e incentivando esse tipo de desordem.

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