Hillary Clinton não pode se queixar
Hillary Clinton não pode se queixar.
Ela está na sua semana de consagração como candidata democrata à presidência dos Estados Unidos. Claro que nem todos celebram. Hillary é uma figura pública que divide, que gera controvérsias, até ódio. Nada, porém, que se compare a seu adversário na grande batalha de novembro. Esta semana, Donald Trump deu mais um show de absurdos, de insultos, de racismo, confirmando o tamanho do perigo. Qual é a chance republicana no pleito com este sujeito?
O tom nas manchetes americanas esta semana é semelhante. A vitória de Hillary nas primárias da última terça-feira (7), especialmente na Califórnia, foi um momento histórico. Afinal, ela é a primeira mulher candidata por um dos dois grandes partidos americanos. No entanto, a ex-primeira dama carece da exuberância eleitoral do maridão Bill Clinton ou do presidente Obama, que adiou sua consagração ao vencer, em 2008, as primárias democratas.
Existem dúvidas sobre o desempenho na campanha de Hillary, mas todos podem ficar assegurados sobre sua perseverança. Os democratas vão cicatrizar as feridas de sua guerra civil nas primárias e o resmungão Bernie Sanders vai cerrar fileiras com Hillary.
Já entre os republicanos, o clima é de alarme com o comportamento de Trump, em particular devido ao seu mais recente ataque racista contra um juiz federal de origem mexicana. Alguns políticos republicanos em busca de reeleição já abandonam o barco (ok, o iate) do bilionário.
Trump, já na terça-feira à noite, apesar da promessa de uma campanha sem filtro, foi forçado a ensaiar o mínimo de autocontrole. Nada disso serve de consolo. Existe o alarme entre os republicanos de que Trump, o narcisista, seja autodestrutivo.
Pela lógica, os seus correligionários podem sofrer uma derrota devastadora nas eleições do fim do ano, mas neste ciclo eleitoral imprevisível e bizarro, melhor ter um pouco de autocontrole analítico.
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