Hillary Clinton não tem mais pedras no meio do caminho
Hillary Clinton não tem mais pedras no meio do caminho das primárias para ser a candidata democrata nas eleições presidenciais americanas de novembro. Suas vitórias nas prévias de terça-feira desfizeram as dúvidas. O senador radical Bernie Sanders ficará na estrada, mais como um estorvo do que como um obstáculo.
Já do lado republicano, Donald Trump ainda tem muitas pedras no meio do caminho. A maior delas é a forte possiblidade de que não consiga o número mínimo de 1237 delegados para ser formalizado na convenção partidária, Com isto é possivel o cenário de uma convenção aberta, num espetáculo midiático que fará do show em curso nas primárias republicanas um mero ensaio de frenesi.
Impedir a consagração de Trump é meta das elites republicanas. E aqui está o grande dilema: Com Trump, o futuro será sinistro, não apenas para o partido, mas para o país e o mundo. Ele é um demagogo imprevisível. Mas Trump ecoa um espírito de fúria de ampla parcela da população contra o que está aí. Como privá-lo da indicação republicana, pois sem dúvida Trump será o líder na corrida das primárias mesmo que não consiga o número mínimo?
Trump, como todos sabem, é de briga, e da pesada. Na quarta-feira, além de anunciar que não participará do próximo debate republicano, com o senador Ted Cruz e o governador de Ohio John Kasich, Trump alertou que caso seja barrado pelas elites republicanas haverá motins na convenção partidária em julho na cidade de Cleveland.
Hillary Clinton está em uma posição mais sólida para unificar o partido e as batalhas das primárias dela contra o senador Sanders são menos sangrentas e sórdidas do que na frente republicana. Mas estas batalhas confirmam que Hillary não é boa de campanha e ela continua sob uma nuvem de dúvidas sobre sua honestidade.
Muitos americanos estão simplesmente desolados diante do cenário eleitoral Hillary x Trump, mas é o que é.
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