Hillary é sufocada por caso dos novos e-mails e Trump usa demagogia

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan Nova Iorque
  • 01/11/2016 07h33
PBI09 LAKE WORTH (ESTADOS UNIDOS), 26/10/2016.- La candidata demócrata a la Casa Blanca, Hillary Clinton, que hoy cumple 69 años, pronuncia su discurso durante su campaña electoral en el estado de Florida en la escuela universitaria Palm Beach State College en Lake Worth, Estados Unidos, hoy 26 de octubre de 2016. Dos encuestas publicadas hoy sobre la intención de voto en Florida, un estado decisivo en el resultado final de las elecciones presidenciales en EE.UU., muestran al republicano Donald Trump en un caso 2 puntos por delante y en otro 3 puntos por detrás de la demócrata Hillary Clinton. Las elecciones estadounidenses se celebrarán el próximo 8 de noviembre. EFE/Cristobal Herrera EFE/Cristobal Herrera Hillary Clinton - EFE

Uma semaninha até a eleição americana, uma longa semana em uma campanha marcada por tantos lances inesperadas, por surpresas que deram oxigênio ou sufocaram, tanto a democrata Hillary Clinton, como o republicano Donald Trump.

E quem está no sufoco agora, claro, é Hillary. Sua campanha e partidários expressam sentimentos como pânico, ansiedade, frustração, desafio e fúria. Tudo isso em função da intervenção eleitoral do diretor do FBI, James Comey, com seu anúncio de que a Polícia Federal está examinando e mails que podem estar relacionados ao servidor privado que a candidata democrata usava quando era secretária de Estado.

A checagem ocorre quando a investigação sobre o servidor privado foi encerrada e Hillary se safou de acusações criminais. A investigação pode eventualmente ser reaberta, mas talvez depois das eleições. Resta saber o impacto no aqui e agora, no voto dos eleitores, especialmente os indecisos.

A expressão e mail é um vírus para Hillary, flagra seu ponto mais vulnerável, debilita sua força politica, enfraquece sua ofensiva para transformar a eleição num referendo sobre Trump, o insano, o sujeito desqualificado, sem temperamento compatível com o posto mais poderoso do mundo.

O caso dos e mails tem o risco de transformar a eleição num referendo sobre Hillary, sua opacidade, sua falta de transparência, sua desonestidade e, obviamente, na narrativa de Trump, na sua conduta criminosa.

Imperador das hipérboles, das mentiras e de uma versão idiossincrática e ignorante da história, Trump nos garante que o caso dos e mails é pior do que o escândalo Watergate. Não, Mr. Trump, não é. Watergate foi a criminalização do estado por um presidente, Richard Nixon, forçado a renunciar em 1974 para escapar do impeachment.

Trump lembra o nosso Lula com o bordão nunca-na história-deste-país. Um bordão de gente demagógica e autocentrada, agindo com má fé. Mas, estou apenas desabafando. O que vale é o impacto no voto presidencial das narrativas e de uma história nebulosa como esta dos novos e mails.

Por ora, temos pesquisas que dão motivo para o pânico ou ao menos para a ansiedade dos democratas. Outras pesquisas sinalizam alguns danos, mas nada fatais. Será uma longa semana até termos algumas respostas mais claras. Outras respostas levarão mais tempo para surgirem.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.