A história da Utopia que terminou em tragédia e o Brasil
A estrutura da educação brasileira destruiu completamente o conhecimento humanístico da nossa juventude.
O tema “utopia”, requisitado pela Fuvest no primeiro da da segunda fase do vestibular, tem sua origem na obra “Utopia” (que significa “não lugar”) de Thomas Morus no século XVI.
Ele escreveu esse tema calcado no entusiasmo que o inspirou as narrativas de Américo Vespúcio sobre o mundo encontrado na América. Vespúcio, que entrou no Rio Amazonas e o chamou de “mar dulce”, também em Fernando de Noronha.
Morus era um homem muito inteligente e amigo de Erasmo de Roterdã. Tanto que ambos estão condensados no mesmo livro-coletânea sobre os grandes pensadores. Erasmo escreveu “Elogio da Loucura” em homenagem a Morus.
Em Utopia, Morus construía uma sociedade utópica em que ninguém era dono de nada e todos eram ricos.
Ligado à Igreja Católica e religioso, Morus gerou, mais à frente, a obra de conde de Saint Simon, economista utópico, que queria que a Igreja assumisse o comando da economia da Europa em nome de Deus.
Curiosamente, Morus foi guindado ao posto de cavaleiro na Inglaterra quando estava no trono Henrique VIII, que queria romper com o catolicismo e se casar com Ana Bolena.
Quando Henrique VIII separou-se de Roma e fundou a igreja católica inglesa, a Igreja Anglicana, o rei exigiu que Morus reconhecesse o fato, o que não aconteceu.
Morus foi condenado à morte, preso na torre de Londres e executado. A utopia acabou terminando em tragédia.
Isso tem tudo a ver com a ver com o Brasil de hoje. Não precisamos do elogio da loucura, pois a loucura aqui é grande. Mas de uma utopia necessitamos, porque a realidade da economia brasileira, não dá mais.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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