Hoje é dia de Renan

  • Por Jovem Pan
  • 01/12/2016 10h40
Brasília - Os presidentes do Senado, Renan Calheiros e do STF, Ricardo Lewandowski, assistem a presidenta afastada Dilma Rousseff fazer sua defesa diante dos Senadores durante sessão de julgamento do impeachment. ( Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Renan Calheiros e Rocardo Lewandowski - ABR

Hoje é dia de Renan Calheiros. O STF define se o presidente do Senado se torne réu.

Demorou, mas chegou. A hashtag #Renanréu já faz sucesso nas redes sociais.

O peemedebista tentou votar de afogadilho o absurdo projeto que saiu da Câmara, em que as 10 propostas de combate à corrupção foram completamente desfiguradas, transformadas em propostas de estímulo à corrupção e à impunidade.

A expectativa é que nenhum ministro peça vista e o julgamento de Renan no Supremo termine ainda nesta quinta. Não se sabe se as provas serão aceitas e a denúncia, acatada. Alguns ministros consideram as evidências frágeis. Mas a decisão deve sair.

O caso começou em 2007, quando a jornalista Monica Veloso Falou à Veja que teve pensões alimentícias pagas por lobista da empreiteira Mendes Junior.

O Conselho de Ética tomou o caso que se tornou tardiamente em uma investigação. Só em 2011 o caso se tornou uma denúncia do Ministério Público Federal, em que Renan é acusado de três crimes: peculato, corrupção passiva e falsidade ideológica, por ter usado documentos falsos para tentar comprovar a origem dos recursos como se fossem dele e não do lobista.

Os documentos falsos foram periciados pela Polícia Federal e o caso ficou dormitando no STF.

O ministro Ricardo Lewandowski, que era o relator, nunca fez nada no processo.

Edson Fachin chegou a liberar para a pauta a denúncia. Depois de algum atrito que nunca ficou claro, ele engavetou de novo a denúncia.

Agora sim liberou e a ministra Cármen Lúcia levou a pauta à frente.

Renan errou o cálculo, talvez por extremo desespero, e levou ao plenário a tentativa de aprovar em regime de urgência esse projeto totalmente desfigurado.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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