Hollande: A Europa não vai aceitar o terror

  • Por Mona Dorf/Jovem Pan
  • 16/01/2015 16h35
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O presidente francês François Hollande falou nesta quarta-feira para os soldados franceses que partiam para ao Iraque, a bordo do porta-aviões Charles de Gaulle. Ele se comprometeu a não reduzir o efetivo das Forças Armadas e manter o orçamento de mais de 3 trilhões e meios de euros. Lembrou que a Assembleia Nacional do país decidiu pela extensão do período dos soldados no Iraque e que o​ porta-aviões que partia estava equipad​o​ para combater o ciberterror e ​co​m com​ a​ missão dar uma resposta ao terrorismo.

A França integra a coalizão de países que combatem o Estado Islâmico. 

Uma pesquisa feita com a população, logo após o discurso fala de Hollande, transmitida em cadeia nacional, mostrou que 88% por cento dos sondados aprovaram suas palavras. Nove entre dez franceses simpatizantes da direita disseram que o presidente agiu certo na gestão da crise anti-terror.

Interessante, Hollande não foi eleito pela esquerda? Foi sim. Mas não interessa, toda a sociedade está unida em torno de um só objetivo: reconquistar a segurança, a vida civilizada que as democracias na Zona do Euro lhes permitiram até semana passada. Os ataques terroristas não são exatamente uma novidade na Europa. Mas na França, que abriga a maior comunidade muçulmana, nenhum desse porte. Paris não vai esquecer tão cedo os 3 dias de horror vividos semana passada, que resultaram em 17 vítimas fatais. Os ataques são um divisor de águas no continente. As autoridades sabem que o terrorismo não é mais algo longínquo, perpetrado por fanáticos em terras distantes.O inimigo mora ao lado. 

Aliás, a França indiciou 54 pessoas por apologia ao terror após os atentados, alguns já foram condenados. Entre os detidos, está um velho antissemita, conhecido dos franceses, o humorista de Camarões, Diedonnée M´Bala, ele será julgado por apologia ao terrorismo.

Hollande quis marcar a saída do porta-aviões no porto de Toulon. E revestir de sentido a partida dos soldados. Foi uma atitude firme e necessário, um gesto simbólico para o resto do mundo. Nas palavras dele: “ A luta será longa mas o extremismo será combatido em solo nacional, no Oriente médio ou na Africa, onde quer que ele esteja.”

Quase ao mesmo tempo, um vídeo divulgado  pelos​ terroristas ​da ​Al-Qaeda do Yemen mostrava uma imagem da torre Eiffel desmoronando e reivindicava a responsabilidade pelo atentado ao Charlie Hebdo, para vingar Osama Bin Laden. Aquele mesmo, Osama Bin Laden ​ ​do 11 de setembro.

em a França, nem a Europa, nem o mundo ocidental vão baixar a guarda diante dos ataques e do fanatismo.

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