Houve muitos fatos graves na sabatina de Fachin

  • Por Jovem Pan
  • 13/05/2015 21h44
Luiz Edson Fachin, indicado pela presidenta Dilma Rousseff para substituir o ministro Joaquim Barbosa no STF, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Luiz Edson Fachin

Pergunta: Valeu a pena sabatinar, durante 11 horas, o jurista gaúcho, que fez carreira no Paraná, Luiz Fachin, como foi feito na CCJ, ou isso foi perda de tempo?

Resposta: De fato as sabatinas de indicados para o STF têm sido perda de tempo no Brasil, por que normalmente as pessoas que vão para esse cargo são elogiadíssimas lá.

Houve fatos graves, por exemplo: o senado aprovou, sem questionar, por que o Lula tinha maioria absoluta la dentro, o Sr. Dias Tófoli, que era advogado do partido e agora se dá ao luxo de nem votar, simplesmente seguir voto do relator, pra fazer tudo o que papai manda… Assim foi com Lewandowski e com outros ministros recentes. Mas agora a Dilma não tem a força política que Lula tinha, e passou oito meses para indicar o Fachin.

Eu tenho muitos amigos, confiáveis do setor, que acham que Fachin é um jurista separado. Agora, ele violou a lei sim. Essa história de dizer que quando ele fez o concurso para procurador, a lei não exigia que ele não advogasse, isso é bobagem. Por que quando ele tomou posse como procurador, a lei exigia e ele é profissional da lei e tinha que cumprir a lei.

O Brasil não tem um sistema ruim de escolha de presidente do Supremo, não. Tá certo, o presidente escolhe e o Senado referenda depois de sabatina. Mas não é pra referendar, é pra sabatinar e decidir se merece ou não ir para o supremo. O Lula fez indicações maravilhosas…

Joaquim Barbosa, Carlos Aires… Agora, o Fachin é uma escolha polêmica e, por causa disso, tudo indica que Calheiros está se aproveitando para desgastar ainda mais a Dilma, reprovando. A oposição, que devia estar aliada, fugiu para NY.

Não dá pra acreditar que Aécio Neves fugiu para NY, para homenagem ao professor Fernando Henrique, ao invés de estar em um dia histórico, da primeira sabatina de verdade no Senado para um candidato ao Supremo. Pelo amor de Deus! Isso é que é cuspir nos 51 milhões de votos que ele teve.

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