Ideb mostra que a educação brasileira vai mal

  • Por Mona Dorf
  • 15/09/2014 16h17

Há poucos dias ficamos sabendo que o IDEB – Índice que mede a qualidade das escolas e das redes de ensino – caiu praticamente em todo o país.

Divulgado a cada 2 anos pelo MEC, ele serve para o governo estabelecer políticas públicas, metas de qualidade e desenvolvimento do ensino.

A educação vai mal. Ao contrario de outros países emergentes onde se investe em educação, o Brasil piora também no ranking do PISA e patina na lama. Nossas crianças leem menos, aprendem menos, retem menos.

Os professores estão cada vez menos interessados na carreira. Em duas décadas, o número de vagas oferecido pelos cursos de graduação nas áreas de matemática, química, biologia e letras é três vezes superior á demanda por docentes na rede de ensino básico. Sobram vagas, faltam professores.

Um levantamento feito pelo prof. José Marcelino de Rezende, da Fac. De Filosofia, Ciência e Letras da USP, em Ribeirão Preto, cruzou a demanda atual do ensino básico pela oferta de vagas. É sobretudo nas disciplinas de matemática, física e química onde o déficit é maior: faltam 170 mil professores no ensino básico!

O estudo mostra ainda que cursos de formação de professorado tem registrado uma taxa de evasão de 30%.

A grande atração de uma carreira é o salário ou cursos de atualização que possam trazer novidades para o profissional. No caso do professor é também a biblioteca onde ele ou alunos podem pesquisar.

Editores vieram a público revelar que o governo federal diminuiu a encomenda de livros paradidáticos. Comprador fundamental para o mercado editorial, o governo baixou de 11 milhões para 7,5 a compra de títulos para as escolas. O problema se agravou nesse ano, as compras caíram 80% de acordo com Bernardo Aizemberg da Cosac Naify.

O Estado tem o dever de incentivar esses programas, é fundamental para o crescimento do professor e do aluno ter acesso aos livros. Ferramenta essencial para o aprendizado. “Uma geração perdida?”, pergunta o editor da Cia das Letras, Luis Schwarc, em seu blog… Pode ser

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