Imigração na Europa: um drama sem solução?

  • Por Rachel Sheherazade/ JP
  • 02/09/2015 10h37
EFE Imigrantes sírios se abraçam após chegar de lancha a uma ilha grega em Kos

Ontem, a polícia espanhola encontrou um homem escondido junto ao motor de um carro na fronteira com o Marrocos. Era mais entre milhares de imigrantes que fogem de guerras, perseguições religiosas, terrorismo, fome e miséria, para tentar uma vida melhor na Europa.

Até agosto deste ano, mais de 300 mil imigrantes e refugiados chegaram ao Continente pelo Mar Mediterrâneo. São homens, mulheres, crianças… sobreviventes do Oriente Médio e da África. Um terço dessas pessoas vem da Síria. Mas, também há imigrantes da Líbia, Eritréia, Afeganistão, Iraque.

Vale tudo para atravessar o oceano. Desesperados, os imigrantes se arriscam em embarcações frágeis e superlotadas. Infelizmente, muitos não conseguem completar seu destino. Mais de 2.500 pessoas já morreram afogadas na travessia pelo Mediterrâneo.

O caminho por terra também é perigoso e desgastante. Os expatriados enfrentam frio e fome para chegar à nova terra prometida, mas nem o sacrifício é garantia de sucesso. Muitos são barrados ou deportados.

Os países europeus não conseguem conter nem absorver a gigantesca onda migratória, a maior desde a Segunda Guerra Mundial.

A Alemanha já demonstrou boa vontade. A chanceler, Angela Merkel prometeu estudar pedidos de asilo no país e acolher 800 mil refugiados. Mas sozinha, a Alemanha não conseguirá resolver o drama de tantos e tantos refugiados, cuja raiz está em seus próprios países.

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