Imprensa americana dá o seu veredito sobre Marina Silva

  • Por Jovem Pan
  • 19/08/2014 14h07
Reprodução Wall Street Journal traz tom positivo do perfil da provável candidata Marina Silva

A imprensa estrangeira já migrou da cobertura sobre a comoção que foi a morte de Eduardo Campos para o incerto destino que nos reserva Marina Silva. Faz isso, é claro, a reboque da imprensa brasileira. O material para o público externo se esforça para ser didático

O que chamou a atenção de Caio Blinder, correspondente internacional da Jovem Pan, neste começo de semana foi “a dose de camaradagem concedida a Marina Silva pelo conservador The Wall Street Journal”, cujos editoriais não são exatamente amantes dos ambientalistas, embora sejam extremamente íntimos dos evangélicos, um dos pilares do conservadorismo americano.

Em reportagem do alto da página 9 da versão de segunda do jornal americano, a publicação observa que Marina está posicionada para capturar os eleitores que estão desiludidos com o estado das coisas na política brasileira.

Ponto primordial da reportagem é que a única voz ouvida pela repórter do jornal é Maria Alice Setubal, filantropa e herdeira do grupo Itaú, descrita como uma das maiores patrocinadoras de Marina Silva. “Ela é brilhante, moderna e seduz as pessoas que sentem que não têm uma voz”, diz Setubal.

Em termos genéricos, o Wall Street Journal lembra que, para os críticos, os princípios rígidos de Marina Silva podem atrapalhar as negociações e os compromissos necessários para governar.

No entanto, o viés é favorável. Na ficha do Wall Street Journal, Marina Silva tem sido por muito tempo uma firme figura independente na política brasileira e é uma ardente ambientalista que entusiasma setores de esquerda. Mas também é uma ferrenha crstã evangélica, contrária ao aborto, cuja mensagem soa muito afinada para setores do conservadorismo social.

E uma pérola do jornal afinado com os mercados: “Ao mesmo tempo, Marina Silva está rodeada de economistas ortodoxos, aumentando seu valor entre investidores e empresários que querem menos intervenção governamental na economia”.

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