Imprensa estrangeira dá conselho a Dilma: renuncie
Na véspera do feriadão da Semana Santa, Dilma Rousseff intensificou sua campanha de agitação e propaganda para denunciar o golpe, ou seja, sua versão surrada do processo democrático e constitucional do impeachment.
Parte da agitação e propaganda é dirigida ao público externo. Dilma convence bases externas de apaniguados e militantes semelhantes aos minguados setores que ainda apoiam o lulopetismo no Brasil. Fora esta turma de gente iludida e da esquerda atrasada, está duro para Dilma convencer alguém.
Basta ver as reações na imprensa internacional logo depois da entrevista coletiva que Dilma concedeu na quinta-feira a seis repórteres estrangeiros no Palácio Planalto, se comportando como uma brava guerreira que vai resistir aos tais golpistas. Pois bem, o Washington Post não tinha repórter na coletiva, mas no feriadão da Semana Santa, o jornal americano crucificou Dilma em um duro editorial.
O texto diz que a presidente prometeu que não renuncia e acusou seus oponentes de tentar um golpe contra a democracia.Como lembra o Washington Post, o lado bom da crise no Brasil é que reflete a maturidade das instituições democráticas do pais.
Sérgio Moro, o juiz da Operação Lava Jato é um herói nacional, na expressão usada pelo jornal americano. E qual é o conselho direto do Washington Post? Dilma Roussef, preste um serviço ao seu país e renuncie, permitindo que Michel Temer presida um novo ministério de coalizão.
Para quem esqueceu, o Washington Post é um jornal que entende de escândalos e abuso de poder. Suas reportagens no caso Watergate nos anos 70 foram essenciais para a renúncia de Richard Nixon. Sim, o presidente que renunciou quando seu impeachment se tornou inevitável.
Outro influente jornal americano, o Wall Street Journal, também esteve atentado ao Brasil no feriadão. Em ampla reportagem, o jornal se concentra na crise econômica que se aprofunda dia a dia. E qual é um dos motivos cruciais para tal desolação? O impasse político que consome a energia nacional.
Simples: o Brasil renuncia a um horizonte meramente promissor, enquanto Dilma Rousseff golpear os desejos nacionais.
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