Incerteza nas turbulências do mercado geram ansiedade na economia

  • Por Jovem Pan
  • 26/01/2016 10h35
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EFE/How Hwee Young Investidor observa informações da Bolsa de Valores de Pequim nesta terça-feira (05)

A última semana de janeiro promete a mesma volatilidade das semanas anteriores nos mercados globais. Que começo de 2016. Existe muita ansiedade se as turbulências nos mercados sejam o prenúncio de uma nova recessão global.

Certeza, é claro, não existe. Mas a incerteza é o pretexto para muita gente repetir uma velha piada: a bolsa de valores previu nove das últimas cinco recessões, ou seja, o pânico financeiro nem sempre se traduz em terremoto na economia real.

Sem dúvida a falta de gás na pujante economia real da China preocupa e muito. Contribui de forma crucial para explicar a queda dos preços do petróleo. E a quantas vai o gás da economia americana, que ainda é a número 1 do mundo?

Na semana passada, em momentos de extrema volatilidade, houve alguns espasmos de Deus-nos-acuda. Falava-se não apenas de recessão, mas de depressão. Calma, esta conversa é mais pertinente em um certo país da América do Sul e não da América do Norte.

Muitos economistas e empresários estimam que investidores estejam exagerando sobre os riscos imediatos a respeito da robustez da economia americana, que não está no paraíso, mas também longe do inferno ou do marasmo mais comum em outras economias maduras como na Europa e Japão. Mesmo Nouriel Roubini, o economista que na Grande Recessão de 2008/2009, ficou conhecido como Doutor Apocalipse, duvida que o pior esteja para acontecer na economia global, e muito menos na americana.

A economia americana tem uma robustez interna e seu setor privado está menos avalancado do que na crise de sete anos atrás. Um dado essencial: a geração de empregos continua sólida no país. Ademais, os americanos, ao contrário de emergentes como o Brasil, são menos vulneráveis ao choque chinês. Exportações representam 1/8 da economia americana e apenas 10 por cento delas vão para a China.

Existe um debate complexo se a baixa dos preços do petróleo é benéfica ou prejudicial para a economia americana. Os consumidores ganham, mas setores energéticos estão levando uma surra com um declínio tão vertiginoso dos preços do barril.

Como se vê um cenário de incertezas. Elas são insuficientes para se apavorar, mas tampouco para se tranquilizar.

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