Insistência de Obama mostra como americanos estão apreensivos com terrorismo
Os americanos já estão engatados no período de férias de fim de ano. O presidente Barack Obama já foi com sua família descansar no Havaí, o estado-paraíso no qual ele nasceu, embora o candidato presidencial republicano Donald Trump ainda não reconheça a certidão de nascimento de Obama, insinuando que ele seja algum tipo de alienígena.
Antes de sair para o Havaí, Obama deu uma entrevista coletiva na sexta-feira tentando acalmar os americanos sobre o perigo terrorista neste período natalino.
E deixou gravada uma entrevista na rádio pública, a NPR, que foi ao ar na segunda-feira, sobre o tema. A insistência de Obama no tema confirma como ele está vulnerável neste flanco e como os americanos estão realmente apreensivos.
Obama estava na defensiva na entrevista. Ressaltou que seu governo está ligado há muito tempo nesta questão terrorista. É óbvio que está. Qual governo americano não estaria, especialmente depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001?
Mas o desafio hoje é diferente. O terror de grupos como Estado Islâmico é ainda mais difuso, como mostra o ataque realizado no começo do mês por um casal em San Bernardino na Califórnia.
Na entrevista, Obama disse que não tem motivos para pedir desculpas por seu desempenho na luta antiterrorista. Alertou que bombardeios aéreos contra o Estado Islâmico exigem critérios para não atingirem a população civil.
Para acalmar os americanos, Obama disse que é preciso colocar as coisas em perspectivas, dizendo que o Estado Islâmico causa danos, mas não é uma organização que ameaça a existência dos Estados Unidos.
E, de fato existe uma estatística emblemática apresentada por Obama. Desde o 11 de setembro, o terror islâmico matou 45 pessoas nos Estados Unidos. Já o terror de supremacistas brancos matou 48 pessoas.
No entanto, existem outros números emblemáticos. Obama expressou profunda confiança nos meus métodos de luta para combater o terror islâmico, mas recente pesquisa Gallup mostra que apenas 30 por cento dos americanos aprovam o desempenho de Obama neste desafio.
Obama tenta explicar aos americanos que será uma longa luta contra o terror islâmico e que ela exige paciência. Nada fácil.
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