José Eduardo Cardozo recebe lideranças indígenas e eles declaram guerra
Reinaldo, então o ministro José Eduardo Cardozo recebeu lideranças indígenas. A reunião foi infrutífera e eles declararam guerra?
Isso mesmo. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo resolveu bater um papinho com os índios um dia depois de um policial militar ter sido ferido por uma flechada num dos infindáveis protestos dos silvícolas que tomam conta da Esplanada dos Ministérios.
Daqui a pouco, nesse processo regressivo que toma conta do Brasil, os Caetês ainda pedirão um novo bispo para deglutir, reavivando o sabor da carne, certamente tenra àquela época do bispo Sardinha. Desta feita, surgiu Gilberto Carvalho com batatas coradas.
Sim senhores, Cardozo, aquele que garantiu que o Brasil é um país seguro para os estrangeiros, os 56 mil brasileiros assassinados em 2012 que se dane, seguiu o padrão deste governo. Bata, faça escarcéu, arranque sangue, mande a lei às favas e seja recebido pelo governo, com tapete vermelho estendido.
O ministro recebeu uma comissão de 18 indígenas. Um dos nativos, que não gostou da conversa, ameaçou: “Por culpa dele, muitos fazendeiros vão morrer”. Índios amarrados ao mastro da bandeira se soltaram e tingiram o símbolo augusto da paz, lembram-se do hino, de vermelho, o que significa no simbolismo dos povos primitivos da floresta uma declaração de guerra.
Querem números? Eu dou. Há 359 territórios indígenas completamente definidos no país, e outros 45 já foram homologados pela presidência. Estão em discussão mais 208 áreas. Paramos por aí? Não. Há mais 339 pedidos de demarcação.
Ouça bem, ouvinte amigo, aquelas 359 áreas já resolvidas correspondem à 13% do território brasileiro. Caso se façam todas as vontades, a elas se acrescentariam por enquanto, outras 596. Depois falta resolver o problema dos quilombolas.
De novo, o Brasil já destina hoje aos pouco mais de 500 mil índios que moram em reservas, de um total um pouco mais de 800 mil que há no país, uma área correspondente a 26,6 Holandas, 11 Portugais ou 2 Franças.
O governo do PT re-encruou a questão indígena, especialmente na gestão Dilma Rousseff. O encarregado da área é Gilberto Carvalho, o secretário-geral da Presidência. Seu braço direito é um tal Paulo Maudos. Eles é que incendeiam as aldeias com a sua “política”.
Descontadas as áreas de preservação permanente, sim também será preciso contemplar a fúria demarcatória dos ambientalistas, toda a pecuária e toda a agricultura brasileira são produzidas em 27,5% do território brasileiro. Pouco mais do dobro do que se destina hoje às reservas indígenas, onde não se produz um pé de mandioca.
Vamos fechar o Brasil, os brancos voltamos para a Europa, os amarelos para a Ásia, os negros para África. Vamos devolver o Brasil aos índios, deixando as vastas solidões para os 800 mil indígenas e para os sapos, as pererecas e os bagres da Marina Silva.
Chega de Brasil, vamos embora deste lugar, gente. Não é que não haja por aqui um povo empreendedor, mas é chato esse negócio de tentar produzir comida tendo de enfrentar os peles verdes, os peles vermelhas e os caras de pau.
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