Julgamento das ruas será implacável

  • Por Rachel Sheherazade/ JP
  • 13/03/2015 12h19

Manifestantes vaiam a presidente Dilma Rousseff na abertura de Salão Internacional da Construção Jorge Araujo/Folhapress Manifestantes vaiam a presidente Dilma Rousseff na abertura da 21ª Edição do Salão Internacional da Construção

O “panelaço” do domingo passado durante o pronunciamento da presidente Dilma em cadeia nacional foi o soar das trombetas, o começo das dores, o anúncio das mudanças que estão por vir.

Neste domingo, em todo país, os descontentes sairão às ruas, vestidos de verde e amarelo, munidos de patriotismo e também de indignação. Exigirão, democraticamente, como permite a Constituição, a deposição de uma presidente que mentiu para o país, traiu a confiança do povo e levou o Brasil à bancarrota.

Os descontentes sairão de casa porque, como dizia o dr. Ulisses Guimarães, “a única coisa que um político teme é o povo na rua”.

Os descontentes não são a elite branca ou a plebe negra. São gentes de todas as cores e classes, cidadãos de toda parte, todos juntos e misturados, um povo só, unido pelo bem do Brasil.

Os descontentes não formam um partido nem representam uma única ideologia. São apenas um povo cansado de ser enganado, traído, roubado, vilipendiado… uma gente sofrida, gente de bem que não suporta mais a corrupção no Governo, a institucionalização da roubalheira, a negação das falcatruas, a inépcia da Justiça, a conivência dos Poderes, os poderosos inimputáveis, as penas perdoadas, os larápios da nação!

Citada 11 vezes pelos delatores do Petrolão, apontada como conhecedora da corrupção e acusada de omissão, Dilma Rousseff foi convenientemente protegida das investigações, mas não será poupada do julgamento das ruas. Este será implacável.

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