Juros do cartão de crédito no Brasil são honestos?

  • Por Jovem Pan
  • 16/11/2016 11h47

Cartão de crédito ainda lidera a inadimplência de famílias

Agência Brasil Cartão de crédito

Um dos crimes mais odiados pela civilização na história é o crime da usura. Os agiotas sempre foram perseguidos por explorarem a ignorância popular a respeito do preço do dinheiro.

A norma do § 3º do art. 192 da Constituição, revogada pela EC 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano

Joseval lembra também de juízes que construíram suas casas no Jardim Lusitânia, ao lado do Parque do Ibirapuera. Além dos juros, a caixa cobrava 13% da chamada taxa remuneratória de serviços. Isso era uma usura, uma agiotagem praticada pela caixa. Questionaram e eles mesmo julgaram

É manchete de primeira página do Estadão e matéria de página inteira da economia as taxas de juros do cartão de crédito na América.

1º – Brasil – 436% ao ano em juro rotativo do cartão de crédito;

2º – Peru – 43,7% ao ano;

3º – Argentina 43,3% a. a.

4º – Colômbia – 30,4% ao ano;

5º – Venezuela – 29% a.a.

6º – Chile – 24,9% a.a.

7º – Méximo – 23,0% a.a.

A Potege consultou taxas de 181 cartões de 17 agências bancárias e operadoras.

A justificativa das operadoras de catrão brasileiras é que o valor é para protegê-las dos penduricalhos e “canos” que recebem dos clientes.

O Brasil cobrar quase dez vezes mais do que o segundo local não é ilegal. A constituição fala em liberdade e concorrência solta.

Não é ilegal, mas os romanos têm uma frase: “Non omne quod licet honestum est”: Nem tudo que é lícito é honesto

436% de juros nos cartões de crédito. Precisa de tudo isso?

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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