Lava Jato pode afetar disputa por presidenciável do PSDB em 2018
Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer se reuniram em almoço neste feriado (12) e discutiram política e economia. Emissários do ex-presidente e do atual negam, porém, que eles trataram da Lava Jato. Um pouco difícil de acreditar, uma vez que na mesa estava também Gilmar Mendes, que tem feito interlocução com o governo e partidos sobre o tema.
Geraldo Alckmin saiu muito fortalecido das urnas com a eleição de seu afilhado João Doria Jr. na capital paulista e busca ocupar espaços internos do PSDB, hoje todos ocupados por Aécio Neves.
Se Aécio, com contratos da época de governador de Minas suspeitos, realmente se enfraquecer na Lava Jato, Alckmin ganha mais um trunfo nessa disputa que deve ser encarniçada pela candidatura tucana em 2018.
O problema é que a Lava Jato pode respingar também no governador de São Paulo.
Depoimentos previstos da Camargo Corrêa devem colocar na rota de investigações da Polícia Federal obras importantes dos governos do PSDB paulista, como o metrô e o rodoanel, que também teriam contado com pagamento de propinas, por meio do operador do PSDB conhecido no submundo da política, Paulo Preto, que atuava junto à Dersa.
Preto teria atuado principalmente durante o governo do atual ministro das Relações Internacionais de Temer, José Serra, mas também na gestão Alckmin.
Essas delações e “recall” de delações tornam difícil o caminho dos tucanos e imprevisível a disputa interna no partido.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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