Lima traça esboço para a Conferência do Clima em Paris
A Conferência do Clima no Peru terminou sem grandes avanços e como vem virando rotina na área do meio ambiente, muita coisa ficou para depois…
Vitória das nações desenvolvidas. Para os ambientalistas, secas, furacões, tempestades, enchentes e elevação dos oceanos se devem ao aquecimento global. Se quisermos evitar eventos extremos, o aquecimento não pode ultrapassar 2°C neste século e para tanto, todos tem de se comprometer com ações para conte-lo.
Países pobres terão de assumir cortes nas emissões de Co2, o principal gás do efeito estufa, mas nesse ponto, a coisa pouco andou: países pobres, é claro, contribuíram, menos até agora para o aquecimento, alguns deles poderão sofrer os piores impactos…
Um mecanismo de compensação foi desenhado. A ideia é que os países pobres sejam “indenizados” através de fundos dos países ricos. Os recursos serviriam para prevenção das catástrofes e adoção de tecnologias limpas. Mas como sempre a questão do dinheiro pega, esse fundo de compensações, não alcançou nem 10% dos 100 bilhões, previstos inicialmente.
Com a queda no desmatamento – nossa maior fonte de carbono – o Brasil acredita que conseguirá diminuir, até 2020, de 36% a 39% das emissões, na comparação com 1990.
As metas mais ambiciosas são da União Europeia que quer cortar 30% das emissões até 2020 e 40% até 2030, na comparação com 1990.
Para os EUA, o ano-base tem de ser outro: os americanos poderiam reduzir suas emissões de 26% a 28% até 2025, mas ante 2005.
Espera-se para os próximos meses que países como a Índia, que não se compromete, melhorem suas propostas para que o mundo tenha o que brindar em Paris. Mas entre promessas, metas e cumprimento há uma longa distância…
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