Lina Bo Bardi abraçou a simplicidade da arquitetura popular como base de uma nova modernidade

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2014 22h10

Ela é mais conhecida no Brasil por um dos ícones da cidade, o MASP, Museu de arte de SP. O projeto da arquiteta Lina Bo Bardi com aquele vão livre aberto no espigão da avenida Paulista virou cartão postal da cidade.

Anos depois outro projeto – o da Fabrica do SESC Pompeia – transformou a vida cultural da Pauliceia, inaugurando várias unidades posteriormente de um circuito fundamental para as artes.

Mas por incrível que pareça a arquiteta de alma libertária não foi compreendida em seu tempo. Mais de 20 anos depois de sua morte e do reconhecimento na Bienal de Arquitetura de Veneza, que dedicou uma sala inteira a ela, 4 anos atrás, a artista ganha a atenção que merece.

Ela é tema de 4 exposições. Uma delas no Moma em NY, outra no Museu da Casa Brasileira.

Lina formou uma geração de arquitetos e montadores de exposição, entre eles Marcelo Ferraz e André Vainer. São eles justamente que organizam a exposição sobre a mestre, no SESC Pompeia, aberta nesta terça-feira.

Para ambos, Lina  era a antítese da arquitetura-show de hoje, ela buscava em seus projetos uma cor local e sabia tirar partido das restrições. Ela abraçou a simplicidade da arquitetura popular como base de uma nova modernidade.  

Lina projetou e viveu com Pietro Maria Bardi, fundador do Masp, na Casa de Vidro, assim chamada porque tem paredes de vidro que revelam a vegetação da mata do Morumbi. Uma mostra sobre a mobília desenhada por ela, com forte inspiração nas redes indígenas, será inaugurada no dia 18. Uma oportunidade fantástica de conhecer sua residência e suas ideias.   

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