Lula ecoa no mundo, mas agora por razões escusas

  • Por Caio Blinder
  • 15/09/2016 09h56
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06/09/2016- Belo Horizonte- MG, Brasil- Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de ato político no Acampamento do Levante Popular da Juventude. Foto: Ricardo Stukert/ Instituto Lula Fotos Públicas Lula discursa durante evento em Minas Gerais

 As manchetes globais, assim como no Brasil, se sucederam rapidamente na quarta-feira, quando saíram as acusações contra Lula pelo Ministério Público Federal como o comandante máximo do esquema de corrupção. No El Pais, o jornal espanhol que é camarada com o lulopetismo, não houve pudor. E o texto começava com a seguinte frase: o ex-presidente mais popular da história do Brasil esta a um passo mais próximo do abismo. 

O Wall Street Journal, que costuma ter textos mais sóbrios, não poupou palavras. Qualificou Lula como uma figura monumental da política brasileira e que, agora, está sendo acusado em um escândalo épico de corrrupção. 
No New York Times, a opção é qualificar de colossal o escândalo de corrupção no qual Lula está enfronhado, de acordo com os procuradores. As denúncias são descritas como um golpe significativo para as ambições presidenciais do ex-presidente.

Na BBC, a lembrança era de que, em uma entrevista dada à rede britânica no mês passado, Lula disse que se sentia encorajado agora que os promotores finalmente iriam apresentar as denúncias, pois, assim, ele poderia se defender formalmente, ao invés de ver novas acusações vazando na imprensa. 
A BBC estima que Lula ainda é uma força política respeitável, o único político petista com chances de lutar pelo projeto e pelo legado do partido. Mas, para tal, obviamente, como arremata a rede britânica, o ex-presidente precisa limpar seu nome de forma convicente das acusações e se livrar da cadeia.
E o Financial Times não tem dúvida que as acusações, que, conforme o jornal britânico, sao negadas de forma veemente por Lula e demais denunciados, devem aprofundar a turbulência política no Brasil.

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