Lula, o autoproclamado mais honesto do País, deveria falar de licitude

  • Por Jovem Pan
  • 21/01/2016 14h07
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Reprodução/ Instituto Lula Ex-presidente Lula prestará depoimento à PF na Operação Lava Jato

Joseval Peixoto comentou a frase do ex-presidente Lula, que disse: “Se tem uma coisa de que me orgulho e que não baixo a cabeça para ninguém é que não tem nesse país uma viva alma mais honesta do que eu”.

Sobre a questão das almas vivas ou mortas, o comentarista lembrou trechos do poema “A Velhice do Padre Eterno”, de Guerra Junqueiro:

Ó almas que viveis puras, imaculadas
Na torre do luar da graça e da ilusão,
Vós que ainda conservais, intactas, perfumadas,
As rosas para nós à tanto desfolhadas
Na aridez sepulcral do nosso coração

(…)

Cabia mansa a noite; e andorinhas aos pares
Cursavam-se voando em torno dos seus lares,
Suspensos do beiral da casa onde eu nasci.
Era a hora em que já sobre o feno das eiras
Dormia quieto e manso o impávido lebréu.
Vinham-nos das montanhas as canções das ceifeiras,
Como a alma dum justo, ia em triunfo ao céu!…

Lula, na verdade, falou de honestidade, quando deveria falar de licitude.

Os romanos diziam que “non omne quod licet honestum est”, nem tudo que é lícito é honesto.

E a licitude, como fica?

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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