Maia e líderes decidem, na calada da noite, rasgar relatório e aprovar anistia

  • Por Jovem Pan
  • 24/11/2016 12h28
Brasília - Entrevista com o deputado Onyx Lorenzoni, durante a votação do Impeachment da presidente Dilma Rousseff (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato/Agência Brasil Onyx Lorenzoni

Pode ser que as 14 horas de discussão na comissão especial das medidas anticorrupção tenham sido só um teatro e as horas que valeram tenham sido as da madrugada. Houve uma reunião do presidente da Câmara com líderes e decidiram simplesmente rasgar o relatório e aprovar um substitutivo.

Num ataque de sincericídio, o deputado Vicente Cândido falou sobre “rejeitar o relatório e o relator” (Onyx Lorenzoni). Querem fazer anistia em que crimes de caixa dois não seriam passíveis de punição nem na legislação eleitoral, nem por crimes conexos, como formação de quadrilha e peculato.

Neste novo projeto estaria a previsão de que juízes e promotores sejam passíveis de punição por crime de responsabilidade.

Onyx Lorenzoni (DEM-RS) falou logo cedo à colunista Vera Magalhães que vai lutar para defender seu texto em plenário. Mais tarde, confirmou a intenção em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da Jovem Pan.

Basta saber se será um golpe explícito, em que se começa a discutir o texto do zero, ou se vai ser algo mais sutil, o que vinha sido urdido nas últimas horas, com a apresentação de uma emenda.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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