Rachel Sheherazade crítica as “mamatas” dos ex-governadores e das Primeiras-Damas
O levantamento realizado pelo Globo, que revelou: 157 ex-governadores e ex-primeiras damas recebem aposentadorias especiais e pensões vitalícias, em 21 estados brasileiros.
O jornal mostrou que essas benesses vão de R$ 10.500 a R$ 26.500, um custo anual de quase R$ 47 milhões aos cofres estaduais.
Alguns privilegiados acumulam aposentadorias, como a ex-governadora Roseana Sarney do PMDB do Maranhão.
Agripino Maia do Democratas também se deu bem somando benefícios. Além do salário de R$ 26.700 como senador, ele recebe mais R$ 11 mil de aposentadoria como ex-governador do Rio Grande do Norte.
A ex-companheira de Leonel Brizola é outra que recebe dupla pensão: uma do Rio de Janeiro e outra do Rio Grande do Sul. Marília Guilhermina Pinheiro embolsa, todo mês, fácil, fácil, mais de R$ 48 mil.
Os casos de aposentadorias à jato e pensões para toda vida são muitos.
E a mamata dos ex-governadores não faz acepção de partidos. Há beneficiários de todo tipo de legenda e ideologia política.
Entre os que mamam desavergonhadamente nas tetas do governo estão políticos do PT, PMDB, PSDB, DEM, e por aí vai…
É que quando o dinheiro está em jogo, não importa o adversário, a ética é chutada para o escanteio.
Os políticos dizem que o benefício é legal, mas o Supremo já deu seu veredicto sobre o caso. Por 10 votos a um, o pagamento de aposentadorias e pensões vitalícias a ex-governadores e ex-primeiras damas foi considerado inconstitucional. laro!
A Carta Magna de 1988 não prevê esse tipo de regalia, mas, no silêncio da Constituição, deputados acabam aprovando leis estaduais que dão um verniz de legalidade a essa flagrante imoralidade.
Os ministérios públicos estaduais e as seccionais regionais da OAB nesses 21 estados não podem continuar fazendo vista grossa, pois essa regalia é um atentado contra a ética, a moralidade, o bom senso e o princípio da igualdade.
Por que, se o cidadão comum tem que se submeter às regras da Previdência, trabalhar por décadas, recolher contribuições, ter idade mínima e finalmente se aposentar com benefícios irrisórios, até humilhantes… por que uma casta de políticos pode exercer um curto mandato de 4 anos – e às vezes nem isso – para viver o resto de suas vidas como marajás parasitas, sugando até a última gota de sangue e do suor dos verdadeiros trabalhadores brasileiros?
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