Rachel Sheherazade crítica as “mamatas” dos ex-governadores e das Primeiras-Damas

  • Por Rachel Sheherazade/JP
  • 30/12/2014 19h32
Jovem Pan / Rodrigo Ramon Rachel Sheherazade

O levantamento realizado pelo Globo, que revelou: 157 ex-governadores e ex-primeiras damas recebem aposentadorias especiais e pensões vitalícias, em 21 estados brasileiros.

O jornal mostrou que essas benesses vão de R$ 10.500  a R$ 26.500, um custo anual de quase R$ 47 milhões aos cofres estaduais.

Alguns privilegiados acumulam aposentadorias, como a ex-governadora Roseana Sarney do PMDB do Maranhão.

Agripino Maia do Democratas também se deu bem somando benefícios. Além do salário de R$ 26.700 como senador, ele recebe mais R$ 11 mil de aposentadoria como ex-governador do Rio Grande do Norte.

A ex-companheira de Leonel Brizola é outra que recebe dupla pensão: uma do Rio de Janeiro e outra do Rio Grande do Sul. Marília Guilhermina Pinheiro embolsa, todo mês, fácil, fácil, mais de R$ 48 mil.

Os casos de aposentadorias à jato e pensões para toda vida são muitos.

E a mamata dos ex-governadores não faz acepção de partidos. Há beneficiários de todo tipo de legenda e ideologia política.

Entre os que mamam desavergonhadamente nas tetas do governo estão políticos do PT, PMDB, PSDB, DEM, e por aí vai…

É que quando o dinheiro está em jogo, não importa o adversário, a ética é chutada para o escanteio.

Os políticos dizem que o benefício é legal, mas o Supremo já deu seu veredicto sobre o caso. Por 10 votos a um, o pagamento de aposentadorias e pensões vitalícias a ex-governadores e ex-primeiras damas foi considerado inconstitucional. laro!

A Carta Magna de 1988 não prevê esse tipo de regalia, mas, no silêncio da Constituição, deputados acabam aprovando leis estaduais que dão um verniz de legalidade a essa flagrante imoralidade.

Os ministérios públicos estaduais e as seccionais regionais da OAB nesses 21 estados não podem continuar fazendo vista grossa, pois essa regalia é um atentado contra a ética, a moralidade, o bom senso e o princípio da igualdade.

Por que, se o cidadão comum tem que se submeter às regras da Previdência, trabalhar por décadas, recolher contribuições, ter idade mínima e finalmente se aposentar com benefícios irrisórios, até humilhantes… por que uma casta de políticos pode exercer um curto mandato de 4 anos – e às vezes nem isso – para viver o resto de suas vidas como marajás parasitas, sugando até a última gota de sangue e do suor dos verdadeiros trabalhadores brasileiros?

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