Marisa está em coma induzido; é cedo para um prognóstico

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 25/01/2017 10h57
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Reprodução Dr. Roberto Kalil Filho

Foi bem-sucedida a primeira etapa da intervenção a que foi submetida Maria Letícia, mulher do ex-presidente Lula, no Hospital Sírio-Libanês: a arteriografia cerebral. O objetivo é estancar o sangramento decorrente do rompimento de um aneurisma. O médico que conduziu os trabalhos é o neurocirurgião Marcos Augusto Stavale, um dos maiores nomes do mundo na área. Ela está em boas mãos. Ouça o comentário AQUI.

Marisa está agora em coma profundo induzido. Sei um tanto dessas coisas porque pesquisei bastante a respeito do dia 23 de dezembro a esta data, quando tive uma dor de cabeça — dor sentinela — que levou à descoberta de um aneurisma. Fiz a cirurgia de crânio fechado — no meu caso, embolização — no dia 28. Tive a sorte que, infelizmente, Marisa não teve: o alerta.

As próximas horas são cruciais. Há, sim, a possibilidade de novos sangramentos. Quando cessar esse processo, vai-se então fazer um primeiro prognóstico sobre eventuais danos irreversíveis e sua extensão. Mas eis uma coisa que não se saberá tão já.

Não custa lembrar que rompimentos de aneurismas cerebrais costumam resultar em morte imediata em 40% dos casos. Ela já passou por uma porta bastante estreita. Que seja bem-sucedida nas que virão.

Acabo de falar com o cardiologista Roberto Kalil Filho, diretor clínico do Incor e médico do Sírio. Ele acompanha regularmente o estado de saúde do ex-presidente Lula e de sua mulher. E, como é sabido, não só do casal. Personalidades de outras bandeiras partidárias também o têm como referência. No hospital público, Kalil trata de pessoas anônimas. Um médico cuida de pessoas.

Kalil é bastante realista e diz que o quadro de Marisa é, sim, delicado, grave. Reitera que se passou pela primeira etapa, mas alerta que não há, por enquanto, um prognóstico.

Stavale
Uma coisa é certa, e não há como eu não fazer esse registro aqui. O melhor, claro!, é não passar por isso — seja no meu caso, de consequências incomparavelmente menores, seja no de Marisa. Mas, em se passando, que então se saúde a sorte, como saúdo, de ser cuidado por um médico como Stavale.

É o neurocirurgião que cuidou de mim há 10 anos, quando extraí dois tumores do crânio, e no fim do mês passado, quando se descobriu o aneurisma — nesse caso, em parceria com Michel Frudit, que conduziu a embolização.

Stavale, e vocês podem pesquisar, é uma referência mundial na área. E isso já estaria de bom tamanho. Mas é na sua estupenda capacidade de nos tirar a ansiedade com a sua técnica que ele se destaca.

Sei que fez o melhor por mim. Sei que está fazendo o melhor por Marisa. Sei que sempre fará o melhor por qualquer pessoa em que encoste sua mão precisa e abençoada.

Meus votos pela recuperação de Marisa também alcançam Stavale, como uma homenagem adicional.

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