A meia delação premiadíssima de Joesley Batista

  • Por Jovem Pan
  • 19/06/2017 15h06 - Atualizado em 29/06/2017 00h32
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BRA01. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 19/05/2017.- Fotografía sin fechar, cedida por Campo Grande News hoy, viernes 19 de mayo de 2017, muestra a uno de los dueños de la empresa JBS Joesley Batista (i) junto al presidente de Brasil, Michel Temer (d), en Río de Janeiro (Brasil). Directivos del grupo JBS que colaboran con la justicia confesaron que pagaron sobornos por 80 millones de dólares al expresidente brasileño Luiz Inácio Lula da Silva y a su sucesora Dilma Rousseff, según documentos divulgados hoy, viernes 19 de mayo de 2017, por la Corte Suprema. En los documentos revelados por la corte, uno de los dueños de JBS, Batista, y el exdirector de Relaciones Institucionales del grupo Ricardo Saud, sostienen que los sobornos pactados con el ministro de Hacienda de Lula y Rousseff, Guido Mantega, desde 2005, alcanzaron la suma de 80 millones de dólares, depositados en diversas cuentas bancarias abiertas en el exterior. EFE/João Quesada/CAMPO GRANDE NEWS/SOLO USO EDITORIAL/NO VENTAS/MÁXIMA CALIDAD DISPONIBLE EFE/João Quesada/CAMPO GRANDE EFE - Joesley Batista e Michel Temer

Na entrevista publicada pela revista Época, Joesley Batista assumiu a paternidade de vergonhosa e suspeita brasileirice. Em parceria com Janot e Fachin, ele foi o autor da meia delação premiadíssima. O beneficiário da esperteza conta apenas uma parte do que sabe.

Joesley não se atreveu a negar o que qualquer bebê de colo está cansado de saber: “Lula e o PT institucionalizaram a corrupção”. Mas, ao contrário do PMDB e Aécio Neves, seus alvos preferenciais. “Nunca tive conversa não republicana com lula, que só conheci no fim 2013″, diz. 

A mentira é desfeita no parágrafo seguinte. “Estive uma vez com o presidente Lula quando assumi o comando da empresa em 2006”, sete anos antes. A conversa foi extremamente rentável.

Em 2006, era R$ 7 bilhões. Em 2007, saltou para R$ 14 bilhões. Em 2016, graças a sucessivos negócios internacionais amparados pelo BNDES de Lula, o grupo dos Batistas faturou R$ 170 bilhões.

Mas as relações com o BNDES foram, diz o entrevistado, “republicanas”. Ou seja, a corrupção institucionalizada por Lula e o PT rolou solta por 13 anos. Mas Joesley só teria tido contato com um membro da quadrilha: Guido Mantega.

Se cinismo fosse crime, nem Janot nem Fachin salvariam da cadeia o bandido de estimação.

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