“Meninos de Duvivier” atacam jornalistas do UOL, que cumpriam pauta de… esquerda!

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 08/09/2016 10h03
Reprodução duvivier

Parece que os “garotos espinhentos de 12 anos” de Gregório Duvivier são um pouco mais velhos e mais violentos do que ele diz. A sua coluna na Folha, em que ele ataca o jornal por este ter censurado a violência nas manifestações, ganhou as redes sociais e se tornou uma espécie de senha para os fascistas de esquerda atacarem os jornalistas, em especial aqueles ligados ao grupo Folha, do qual o UOL faz parte.

Reitero: o texto de Duvivier passou a funcionar como um estímulo para o ataque a jornalistas. Ainda que, curiosamente, a esmagadora maioria dos professionais da área seja de… esquerda! Os moderados são petistas.

Pois é… As maiores manifestações da história do país, aquelas em favor do impeachment, não tiveram um só incidente violento nem com a polícia nem com a imprensa. Embora alguns de seus organizadores, como Movimento Brasil Livre, Vem Pra Rua e Nas Ruas, tivessem — e tenham — divergências com o tratamento que lhes dispensavam setores do jornalismo, a relação sempre foi respeitosa. E os repórteres sabem disso.

Leio na Folha um troço de estarrecer.

Reproduzo trechos:
“Os repórteres do UOL Leandro Prazeres e Kleyton Amorim foram vítimas de violência verbal e física enquanto cobriam as manifestações de 7 de Setembro em Brasília nesta quarta-feira. Foram atacados covardemente durante o exercício de suas atividades profissionais, diz a empresa.
(…)
De acordo com matéria publicada no portal, o repórter Leandro Prazeres e o cinegrafista Kleyton Amorim gravavam entrevista com uma manifestante que defendia a intervenção militar no Brasil quando foram atacados por membros de um outro grupo, que protestava contra o governo de Michel Temer no mesmo local.
Um dos militantes tentou impedir a entrevista. Prazeres foi empurrado e teve uma garrafa de água arremessada contra o rosto. Amorim foi agredido com chutes por outro manifestante, que tentou tomar a câmera do profissional, mas não conseguiu.”

Retomo
Eis aí. Essa é a tolerância das “crianças” de Duvivier. Atenção! Aqui se fala tudo! Dados os grandes veículos de comunicação, o UOL é aquele que está mais inequivocamente à esquerda.

Até a pauta evidencia isso. Sei lá que sentido faz entrevistar, num dia como esta quarta, um defensor da intervenção militar. Já nas manifestações pró-impeachment, essa gente era minoritária. Dar voz a elas não é evidência de pluralidade. Serve apenas para distorcer o que pensa a esmagadora maioria dos opositores do PT.

Uma síntese: dois extremistas de esquerda agridem jornalistas que estavam cumprindo uma pauta de… esquerda.

Os fascistas vermelhos não são exatamente inteligentes. Eles são brutos.

Como vocês podem notar, eu também critico a imprensa. Mas eu quero que ela seja livre. Importantes correntes que lutaram pelo impeachment também criticavam a imprensa. Mas igualmente a querem livre.

Não é o caso do fascismo vermelho.

Leiam nota divulgada pelo UOL
Os repórteres do UOL Leandro Prazeres e Kleyton Amorim foram vítimas de violência verbal e física enquanto cobriam as manifestações de 7 de Setembro em Brasília nesta quarta-feira. Foram atacados covardemente durante o exercício de suas atividades profissionais.

O UOL repudia qualquer ato de violência, e acredita que ter uma imprensa livre é condição necessária para a consolidação da democracia, neste ou em qualquer outro país. Qualquer violência contra jornalistas é uma agressão contra a Constituição e contra a liberdade de expressão.

O episódio desta quarta-feira é lamentável, mas não fará o UOL esmorecer na sua luta pelo livre direito de informar. Tampouco influenciará na cobertura jornalística, que sempre foi e continuará sendo pautada pela pluralidade, independência e apartidarismo.

Universo Online S.A.

Nota: Comentários favoráveis aos bandidos não serão publicados. Também serão rejeitados os que eventualmente disserem algo como “Bem feito! Ninguém manda o UOL puxar o saco de esquerdistas”. Este blog defende a liberdade de imprensa, inclusive a liberdade de errar e arcar com as consequências LEGAIS, NÃO COM AS ILEGAIS.

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