Método da loucura terrorista é nos pegar de surpresa

  • Por Jovem Pan
  • 14/07/2016 21h58
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EFE França

Somos reféns do terror. Não temos como escapar do seu caráter imprevisível, por mais precauções que sejam adotadas. Muito se falava que o terror islâmico iria atacar na França durante a Eurocopa. O ataque, no entanto, aconteceu dias depois. E justamente quando? No Dia Nacional da França, o Dia da Bastilha.

Era possível antecipar algo medonho nesta data? Claro que sim. Como aqui nos Estados Unidos, sempre existe o cenário de um atentado no 4 de julho, o dia da independência. Mas onde e como vai acontecer o ataque?

Em algum café de Paris? Um carro-bomba na avenida dos Campos Elíseos? No aeroporto Charles de Gaulle? Aconteceu com um caminhão, o terror ambulante, na cidade de Nice.

Existe um método na loucura terrorista. O método é nos pegar de surpresa, por mais prevenidos que estejamos. Sempre esperamos o óbvio. Há semanas, se anuncia que algo pode acontecer nos Jogos Olímpicos no Rio.

Sim, o horror pode acontecer no Brasil em agosto, mas é mais provável que sejamos surpreendidos por uma nova tática, um novo local, como aconteceu nos dois recentes casos nos Estados Unidos, o primeiro em uma repartição pública da cidade de San Bernardino, na Califórnia, e o segundo em uma boate gay de Orlando, na Flórida.

De novo, somos reféns do terror e de novo, não podemos decretar guerra contra uma religião por estarmos à mercê do terror. Sim, vamos combatê-lo, com o medo que é humano e com a constatação racional de que se trata de uma luta longa e difícil.

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