Michel Temer tem cronograma apertado com posse, foto, vídeo e viagem

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2016 08h45
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Brasília - O vice-presidente Michel Temer recebe do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a Medalha do Mérito Legislativo 2015 (Antonio Cruz/Agência Brasil) Antonio Cruz/Agência Brasil - 18/11/15 Michel Temer e Eduardo Cunha

A expectativa do Palácio do Planalto é que a votação do impeachment de Dilma Rousseff, que começa às 11h desta quarta-feira (31), se conclua até o início da tarde e Michel Temer tome posse às 15h.

A tendência é de que a sessão no Senado Federal seja de fato mais rápida. Haverá apenas os encaminhamentos e a votação no painel eletrônico. Dilmistas tentarão ainda algumas manobras procrastinatórias, mas dificilmente conseguirão sucesso. O presidente do Supremo Ricardo Lewandowski tem sido rigoroso com o horário na condução do processo.

“Bunker”

Aliados da presidenta afastada ainda tentam convencer senadores a mudarem de lado. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a seu hotel em Brasília e tem chamado senadores. 

O Planalto, porém, possui as mesmas “armas” de negociação que o governo afastado. O senador negocia dos dois lados e depois se mostra favorável ao impeachment, que é o que tem maioria na sociedade.

Dilma pode conseguir no máximo um voto ou dois, mas seu destino parece selado.

Pose para a foto

Temer, que tem viagem programada para a China e compromissos acertados com empresário no país antes da reunião do G-20, tem um cronograma apertado nesta quarta. Após a posse no Congresso, que é apenas um juramento solene, o peemefebista quer reunir os ministros no Palácio do Planalto para uma “reunião”, que será mais a pose para foto ministerial que demonstraria unidade.

Depois, Temer ainda gravaria o pronunciamento de 5 minutos a ser veículado em rádios e televisões às 22h e, só então, embarcaria para a China.

A fala breve aos ministros deve ser a mesma da veículada na mídia: daqui por diante as palavras de ordem são rigor fiscar e tentativa de retomar o crescimento econômico.

Oficialização de sanções do impeachment contra Fernando Collor de Mello no Diário Oficial do Congresso em 30 de dezembro de 1992

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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