MP abre 39 inquéritos contra diversos políticos em São Paulo
O Ministério Público de São Paulo instaurou 29 inquéritos civis e desarquivou outros dez como desdobramentos diretos da delação da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato. As investigações envolvem estatais paulistas como Metrô, agentes públicos e ao menos 24 políticos citados por executivos da empreiteira.
Mais da metade dos procedimentos (21) se refere a supostos pagamentos de vantagem indevida a pretexto de campanha delatados pelos executivos.
Os inquéritos foram distribuídos entre um grupo de dez promotores.
A lista de políticos reúne nomes como do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do senador José Serra e do ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, todos do PSDB; além do ex-prefeito da capital Fernando Haddad (PT), do ex-presidente do PT José Genoino; do ministro das Comunicações, Gilberto Kassab (PSD); dos deputados federais Celso Russomanno (PRB-SP) e Paulo Pereira da Silva (SDD-SP) e do ex-deputado Gabriel Chalita (PDT-SP), além de outros.
São as suspeitas apuradas nos inquéritos caixa dois em troca de favores políticos, desvio de dinheiro da Dersa, propina a agentes públicos e políticos em contratos do Metrô, propina política em negócios com o fundo de pensão do Banco do Brasil (Previ), propina a agentes públicos em obra do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), desvio de obra da Dersa para agentes públicos e políticos, suspeitas de propinas no Metrô, propina em contratos na obra da Rodovia Mogi-Dutra, propina na Arena Corinthians, irregularidades em licitação da EMTU, Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos e até propina em contrato de varrição de rua/coleta de lixo da Prefeitura.
Ações de ressarcimento são imprescritíveis e não há foro privilegiado na área cível.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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