Muita guerra retórica marca mais um dia de crise na Ucrânia

  • Por Jovem Pan - Nova Iorque
  • 11/03/2014 19h32

Mulher arruma flores deixadas na Praça da Independência EFE/Robert Ghement Mulher deixa flores na Ucrânia

Este foi mais um dia de escalada na crise da Ucrânia, com medidas práticas e muita guerra retórica, explica o correspondente internacional Jovem Pan, Caio Blinder.

O Governo interino da Ucrânia criou uma nova força de defesa e fez um apelo por assistência dos EUA e da Grã-Bretanha contra o que qualificou como agressão russa na Crimeia. O apelo tem base em um tratado assinado com o fim da Guerra Fria. Em 1994, a Ucrânia concordou em abrir mão de suas armas nucleares, obrigando a Rússia a retirar suas tropas da região e os países ocidentais a defender sua soberania.

A região autônoma ucraniana da Crimeia está ocupada por tropas russas e realizará um referendo no domingo, 16, para saber a opinião do povo sobre possível anexação ao país da Sibéria. O plebiscito é considerado ilegítimo pelo governo interino da Ucrânia e pelos governos ocidentais.

Nesta terça, o parlamento pró-russo na Crimeia aprovou a declaração de independência , que terá efeito com o esperado voto a favor da unificação com a Rússia. O Parlamento nacional já disse que irá dissolver a assembleia na Crimeia caso o referendo não seja cancelado e ele, de fato, será realizado.

No meio desta confusão toda, Viktor Yanukovich, deposto após protestos violentos, disse do seu exílio na Rússia que ainda é o presidente legítimo da Ucrânia e, portanto, chefe das forças armadas, mas essa não é a opinião de muita gente. Já o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Iatseniouk, estará com Barack Obama na Casa Branca e, depois, no Conselho de Segurança da ONU em Nova Iorque.

*Ouça os detalhes no áudio

 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.