Muita guerra retórica marca mais um dia de crise na Ucrânia
Mulher arruma flores deixadas na Praça da Independência
Mulher deixa flores na UcrâniaEste foi mais um dia de escalada na crise da Ucrânia, com medidas práticas e muita guerra retórica, explica o correspondente internacional Jovem Pan, Caio Blinder.
O Governo interino da Ucrânia criou uma nova força de defesa e fez um apelo por assistência dos EUA e da Grã-Bretanha contra o que qualificou como agressão russa na Crimeia. O apelo tem base em um tratado assinado com o fim da Guerra Fria. Em 1994, a Ucrânia concordou em abrir mão de suas armas nucleares, obrigando a Rússia a retirar suas tropas da região e os países ocidentais a defender sua soberania.
A região autônoma ucraniana da Crimeia está ocupada por tropas russas e realizará um referendo no domingo, 16, para saber a opinião do povo sobre possível anexação ao país da Sibéria. O plebiscito é considerado ilegítimo pelo governo interino da Ucrânia e pelos governos ocidentais.
Nesta terça, o parlamento pró-russo na Crimeia aprovou a declaração de independência , que terá efeito com o esperado voto a favor da unificação com a Rússia. O Parlamento nacional já disse que irá dissolver a assembleia na Crimeia caso o referendo não seja cancelado e ele, de fato, será realizado.
No meio desta confusão toda, Viktor Yanukovich, deposto após protestos violentos, disse do seu exílio na Rússia que ainda é o presidente legítimo da Ucrânia e, portanto, chefe das forças armadas, mas essa não é a opinião de muita gente. Já o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Iatseniouk, estará com Barack Obama na Casa Branca e, depois, no Conselho de Segurança da ONU em Nova Iorque.
*Ouça os detalhes no áudio
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