Na corrida presidencial, Obama é visto de forma mais favorável que os candidatos

  • Por Jovem Pan
  • 11/04/2016 10h29
EFE Barack Obama durante discurso na Argentina (EFE)

Os americanos estão insatisfeitos com o rumo do país, embora os Estados Unidos estejam em uma forma mais saudável do que outros países maduros. A economia segue em expansão de forma morna, a geração de empregos avança. Nada disso impede as sensações de ansiedade e de insegurança.

Sim, existem empregos, mas os salários são baixos e as perspectivas profissionais para a maioria pouco promissoras. O terror ataca na Europa, que também é assolada por ondas de refugiados. No entanto, existe uma sensação de cerco nos Estados Unidos e o sentimento, de alarmismo.

Estas ansiedades são bem exploradas especialmente dois candidatos presidenciais que exageram no populismo e na demagogia. Do lado republicano, claro que estamos falando de Donald Trump e entre os democratas do septuagenário Bernie Sanders, que magnetiza os mais jovens.

Existe uma ironia quando se fala tanto da frustração dos americanos, da raiva, do desejo que apareça um presidente que altere bruscamente o rumo das coisas, prometendo mundos e fundos com o argumento do que o que está aí é o fim do mundo, E qual é a ironia? O presidente Barack Obama está mais popular.

Em termos políticos isto significa uma boa notícia para Hillary Clinton, que não é grande coisa como candidato e de desempenho no palanque, mas se vende como experiente, ao mesmo tempo acenando com uma espécie de terceiro mandato de Obama, mas sem abraçar com ardor o presidente do qual foi secretária de Estado.

Uma nova pesquisa mostra que Obama hoje é visto de forma mais favorável que qualquer um dos candidatos presidenciais, o que deve reforçar sua influência na eleição de novembro. Vale lembrar que Trump e Hillary são vistos de forma muito desfavorável pelos americanos, embora é claro a do bilionário bufão seja imensa. Por pesquisas, até 1/3 dos republicanos dizem que não votarão nele caso seja o candidato do partido em novembro.

Sobre Obama, pela primeira vez desde 2013, pelo menos metade dos entrevistados na pesquisa dizem que seu desempenho presidencial é positivo. A satisfação aumenta em política externa, economia e imigração. Existe um pouco mais de otimismo dos americanos sobre sua situação financeira.

Tudo isto registrado, é preciso reconhecer que o atual ciclo eleitoral se mostra volátil e surpreendente. Muito pode acontecer nos próximos seis meses, mas em abril, e aqui estamos na primavera, as coisas florescem para Obama e Hillary Clinton.

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