Na guerra do impeachment, STF está jogando gasolina na fogueira
A interferência do STF na guerra entre Governo e oposição pelo impeachment é bem-vinda ou só joga gasolina no fogo?
O Brasil está parado porque o governo nada faz a não ser proteger a sua chefe do impeachment, e a oposição não trabalha, não apresenta plano nenhum e apenas quer acelerar o impeachment.
Aí, para evitar que Eduardo Cunha continue fazendo esse jogo de empurra de um lado para o outro para se garantir na Lava Jato, onde é acusado, o governo federal mandou interpostas pessoas recorrerem ao STF. E teve sucesso.
Nesta terça-feira, o STF concedeu duas liminares contra a tramitação do impeachment de Dilma na Câmara. A mais abrangente foi concedida pela ministra Rosa Weber, impedindo Cunha de analisar qualquer pedido de impeachment contra Dilma.
As decisões foram tomadas a partir de dois ilustríssimos representantes do baixíssimo clero: o deputado Wadih Damous , do PT-RJ (na verdade, é suplente, propagandeia que é da OAB, que nunca dirigiu, apenas uma comissão de Direitos Humanos), e um deputado do PC do B-MA.
O pedido de Damuz e do nosso querido comunista foi atendido pelo mesmo relator da Lava Jato, que é Teori Zavascki, nomeado por Dilma. Acontece o seguinte: no caso específico do pedido de Rubens Pereira e Silva Jr, do PC do B-MA, acatado por Rosa Weber, não foi suspensa apenas a decisão do Cunha, mas qualquer tentativa de fazer o processo andar.
Ou seja, se tirou do Cunha essa pretensão de que ele é o ditador do Brasil e se transferiu para o ministro do Supremo. Não era o caso do Supremo esperar o Cunha agir antes de interferir, criando uma certa aura golpista que tanto Dilma reclama nas iniciativas da oposição? Será que o Supremo não percebe que pode estar jogando mais gasolina nessa fogueira?
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