Não tem sentido cobrar dinheiro do cidadão por causa de erros cometidos por Dilma e Mantega

  • Por Jovem Pan
  • 15/06/2015 17h56
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Guido Mantega e Dilma Rousseff em reunião com empresários em maio

Valter Campanato/Agência Brasil Guido Mantega e Dilma Rousseff em reunião com empresários em maio

Pergunta: Como foi o desempenho de Dilma Rousseff diante do entrevistador-mor da televisão brasileira, Jô Soares, na entrevista que foi levada ao ar na última sexta-feira?

Resposta: Na noite de sexta-feira, madrugada de sábado, a presidente Dilma Rousseff deu uma entrevista que ela já tinha gravado lá no Palácio ao Jô Soares, da Rede Globo de Televisão, e nela advertiu que só com mais dinheiro vai ser possível melhorar a frágil gestão do sistema de Saúde do Brasil.

Ela entrou numa discussão a respeito da CPMF, mas sem citar. A CPMF está na crista da onda, foi relançada pelo Chioro, ministro da Saúde, e é combatida pela equipe econômica.

Eu devo lembrar que é um imposto abjeto, complicado, que já está demonstrado que não surte efeito de benefício do povo. A Saúde do Brasil é péssima, e o governo já gastou muito com Saúde, por causa exatamente da CPMF.

Ela reconhece que a questão é de gestão, mas que precisa de dinheiro. É claro, todo mundo precisa de dinheiro, mas tem que ser realista, e a verdade é que a equipe econômica está exigindo ajustes muito pesados para o trabalhador, e não tem sentido ficar cobrando, mais ainda do cidadão, dinheiro pelos erros que a própria Dilma cometeu junto com seu ministro Guido Mantega, que apenas fazia tudo que ela queria para ter uma CPMF com gastos exclusivos para a Saúde.

Segundo Dilma, o país passa momentaneamente por problemas e dificuldades, e atribuiu esses problemas à crise internacional, com a graça de dizer que era uma marolinha, mas até a marolinha vira tsunami no mar.

Vamos dispensar a graça e deixar o humor por conta do pedido que o Jô fez para que ela consertasse o ar condicionado do aeroporto do Rio, promessa que ela fez imediatamente, e que dá muito bem a importância, a relevância do ponto de vista público dessa entrevista.

Eu confesso a vocês que não estou contando uma piada, nada disso. Eu estou chorando diante dessa constatação terrível que a presidente da República vai para o maior entrevistador do Brasil, e que resume a grande promessa a consertar o ar condicionado de um aeroporto. Esse é o nível da entrevista, e esse é o nível do Brasil de hoje.

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