Nesta semana, o futuro da Europa estará em jogo
Não é exagero dizer que o futuro da Europa está em jogo esta semana e, por extensão da importância do velho mundo, as ramificações são globais. A próxima quinta-feira (23), é dia do referendo na Grã-Bretanha sobre a permanência do país na União Europeia.
No entanto, o cenário provável, mesmo com a vitória da permanência do Reino Unido, é que o maior bloco econômico do planeta irá, uma vez mais, meramente seguir adiante aos tropeções, aguardando o próximo desafio à sua existência.
O idealismo dos fundadores do ideal de uma Europa unida era inconfundível e nobre, há seis décadas atrás, para abafar os antagonismos que provocaram tanta destruição das Guerras Mundiais, ao longo do caminho, porém, são soluções remendadas para as crises, em geral, com a imposição da vontade alemã (como no “diktat” de austeridade aos países mediterrâneos da Zona do Euro).
Agora, estão patentes as deficiências e e desafinação entre os Estados membros ao explodir o rojão da crise dos refugiados. As gambiarras feitas para costurar o tecido rasgado, como Angela Merkel tenta ao “organizar” a entrada dos forasteiros, apenas inflamaram os sentimentos nacionalistas.
É óbvio que é necessário abandonar o improviso na administração das crises e desafios. O New York Times diz que é preciso “repensar o status quo“, contudo, se a prática continuar, é sinal de que a margem de manobra é pequena. Claro que nunca seria fácil dissipar os nacionalismos e os interesses estatais em um sonho de unificação continental que exige sacrificar a soberania local.
Eu confesso estar entre aqueles que minimizaram as dificuldades de integração, embora continue não vendo um caminho alternativo como a saída.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.