Nêumanne fala sobre a preocupação dos eleitores sobre o “bacanal eleitoral”
Afinal de contas, Nêumanne, o bacanal eleitoral de que fala Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro do PMDB, preocupa, incomoda o eleitor brasileiro?
Eu li no jornais, nessa segunda-feira, uma frase que explica muito bem, com muita precisão, com muita eficiência o pensamento do eleitor brasileiro em relação ao bacanal eleitoral, expressão que foi cunhada por Eduardo Paes. A frase que explica a posição do eleitor é de um candidato a presidência: Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro e candidato do partido à presidência da República.
No fechamento da convenção do PSB, em que ele foi lançado, ao lado de Marina Silva, candidato à eleição de outubro, Eduardo Campos disse o seguinte e eu faço questão de dizer a frase, que considero muito importante, entre aspas, do jeito que ele disse, sic, como se diz quando se escreve. Abre aspas. “O povo brasileiro, que não tem filiação partidária, que não vai disputar eleição, não quer saber se a coligação em seu Estado é assim ou assado, mas se tem na política alguém disposto a fazer o debate que não é só do mundo dos políticos, mas do seu mundo, da sua pauta, do seu sonho”. Fecha aspas.
Os mesmos jornais deram a notícia de que o Tribunal Superior Eleitoral já esclareceu que o tal bacanal eleitoral é legal, ninguém é proibido de fazer, tá dentro da lei. Aliás, é bom dizer que o outro Eduardo – Eduardo Paes, não Eduardo Campos – não tem autoridade nenhuma para falar disto. Ele era o mais virulento dos tucanos contra o Lula e o PT. Atualmente, ele está no PMDB. Ele foi para o PMDB para ganhar a eleição no Rio. Então, ele foi por um motivo pragmático, não ético. E ganhou, e foi eleito e foi reeleito. E o partido dele apoia a candidatura à reeleição da Dilma Rousseff. Agora, ele está em briga com o presidente do partido no Rio porque ele criou a chapa Aezão – Aécio e Pezão. E o partido tá traindo a Dilma lá no Rio e por isso Eduardo cunha cunhou a… Confusão, né? PSB, por exemplo, apoia o PT no Rio e o PSDB em São Paulo… De bacanal eleitoral.
Ele podia ter ficado calado para ninguém lembrar do currículo dele, né? No Brasil é difícil encontrar um político que possa falar com autoridade sobre qualquer tema ético ou moral, né? Prefeito, dá um tempo, né?
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