Nêumanne questiona pagamento de R$ 4,1 milhões a Felipão depois de fiasco na Copa
Nêumanne, o Luiz Felipe Scolari mereceu receber quatro milhões de indenização da Confederação Brasileira de Futebol depois do fiasco da Copa do Mundo?
Olha, eu tô pra conhecer um derrotado tão premiado quanto Luiz Felipe Scolari, ein? Ele conduziu a Sociedade Esportiva Palmeiras, que ele já dirigiu para muitos títulos gloriosos, à segunda divisão, e teve como prêmio a Seleção Brasileira. Na Seleção Brasileira, ele adotou uma postura de patriota, cantando hino, incentivando a torcida a cantar o hino junto, os jogadores a acompanhar à capela, estimulou as lágrimas desses jogadores, o marketing do David Luiz, etc.
Pois é, agora eu vejo aqui na Folha de S. Paulo que Confederação Brasileira de Futebol pagou R$ 4,1 milhões ao técnico – ao todo, nove milhões pra ele, o auxiliar Flávio Murtosa e o coordenador Carlos Alberto Parreira.
Não vou discutir esse negócio porque é um entidade particular, paga quanto quiser, mas eu quero lembrar o seguinte: em primeiro lugar, a dona Dilma Rousseff, que anda pra cima e pra baixo se reunindo com Bom Senso Futebol Clube, com dirigentes de clube de futebol para salvar o futebol brasileiro da falência.
Eu tinha lido nos jornais e vi o próprio técnico falando na televisão que ele tinha um acerto com a CBF de que o trabalho dele terminava com a Copa. Terminando a Copa, termina o contrato. Eu nunca tinha ouvido falar que alguém tenha recebido pela recisão de um contrato que acabou, de um contrato findo. Quer dizer, depois que você vê uma coisa dessas, os clubes falidos e a CBF nadando em dinheiro a ponto de dar quatro milhões e cem mil reais a um técnico que dirigiu a seleção no seu momento mais vergonhoso – a seleção levou dez gol em dois jogos – alegando, como eu ouvi o Roque Jr alegando aqui na Pan, que ele chegou no quarto lugar.
Triste sina do futebol brasileiro comemorando um quarto lugar depois de uma surra de 7×1 e de outra de 3×0. Aí eu me lembrei, sabe de quem, me lembrei de Samuel Johnson que todo mundo cita, né? O patriotismo é o último refúgio dos canalhas. Ainda bem que é o último, não é verdade?
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